Investigadores na Fudan University, em Xangai, são o mais recente grupo a demonstrar uma tecnologia que transmite informação através de luz em vez de ondas de rádio. Esta tecnologia tem o potencial para ser dez vezes mais rápida que o Wi-Fi tradicional sem o problema da congestão do espetro radioelétrico.
A BBC indica que as lâmpadas produzidas pelos investigadores da Universidade são capazes de enviar dados a velocidades de até 150 Mbps, e que uma lâmpada LED de apenas 1 watt seria suficiente para fornecer acesso a quatro computadores. Todavia, um grupo de peritos disse à BBC que seriam necessárias mais provas de os investigadores conseguiram atingir estas velocidades, dado que não existem registos da tecnologia e ação.
O standard Li-Fi envia dados através de lâmpadas LED convencionais, que são ligadas e desligadas muito depressa, numa frequência que pode ir aos milhares de milhões por segundo. Como este piscar é tão rápido, é também indetetável ao olho humano. Um recetor ótico num portátil ou smartphone encarrega-se, depois, de descodificar os padrões no tremeluzir das lâmpadas, transformando-os em dados utilizáveis.
Esta tecnologia é vista como um complemento ao Wi-Fi atual, dado que este protocolo enfrenta o problema do ruído eletromagnético, originado pela sua imensa popularidade. Nas zonas urbanas mais densas, o Wi-Fi é cada vez mais ineficiente porque as várias redes Wi-Fi existentes numa dada zona tendem a degradar a velocidade geral a que as comunicações podem ser efetuadas.
Neste momento, as lâmpadas LED podem ser ligadas e desligadas a uma frequência suficiente para transmitir informação 10 vezes mais depressa que as atuais redes Wi-Fi. Todavia, a velocidade pode ser aumentada caso se consiga elevar a frequência a que as lâmpadas LED piscam.