É uma estreia a nível nacional: a Flupol, uma empresa de Valongo especializada na pintura e revestimento das mais variadas superfícies, tornou-se a primeira unidade industrial portuguesa a usar um robô que está apto a aprender o seu “ofício” através de um sistema de visão artificial, que lhe permite apreender e processar os movimentos executados por operário humano. Através destas tecnologias, o robô ganha capacidade para replicar os movimentos executados por um humano.
Segundo os mentores deste projeto que conta ainda com contributos do INESC Porto, Companhia de Equipamentos Industriais (CEI) e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o robô que aprende pela observação pode libertar humanos de tarefas repetitivas ou perigosas para a saúde.
Há ainda outro fator a ter em conta: o robô é bastante mais rápido a aprender a pintar, que os humanos cuja formação relacionada com revestimentos mais complexos chega a demorar mais de oito anos, informa um comunicado do Inesc Porto.
A Flupol admite que o novo robô pode revelar-se num trunfo competitivo importante – em especial no lançamento de novas unidades de produção no Brasil.