Segundo o City College of New York, um grupo de investigadores descobriu uma alternativa ecológica aos metais usados para criar baterias de iões de lítio. As novas baterias amigas do ambiente são feitas recorrendo a purpurina, um extrato obtido a partir das raízes da granza, uma planta usada para tingir tecidos há pelo menos 3500 anos.
As baterias de iões de lítio são, neste momento, feitas com óxido de lítio-cobalto. As implicações ambientais desta escolha são enormes: além de ser necessário extrair através da exploração mineira o cobalto, é depois necessário combiná-lo a altas temperaturas com o lítio para formar um cátodo. Se juntarmos a isto a energia usada também para a reciclagem, conclui-se que todo este processo é bastante dispendioso em termos energéticos. De tal modo, que um estudo da Universidade de Rice estima que por cada quilowatt-hora de energia numa bateria de iões de lítio sejam emitidos 72 kg de dióxido de carbono para a atmosfera.
Os investigadores do The City College of New York e da Universidade de Rice descobriram que a purpurina e outras moléculas biológicas coloridas são uma boa alternativa a estes minérios, por serem ricas em eletrões que se coordenam facilmente com o lítio. Por outro lado, os elétrodos de purpurina podem ser fabricados a uma temperatura ambiente.
Neste momento, a equipa consegui criar uma célula com uma capacidade de 90 miliamperes por grama, depois de um ciclo de 50 cargas/descargas. Ainda assim, a equipa diz estar confiante de que a tecnologia estará pronta para ser usada a nível comercial em alguns anos.