Os bio-investigadores da Universidade de Stanford querem criar uma espécie de Internet de organismos vivos. O objetivo passa por usar o vírus inócuo M13 para promover as comunicações entre células e permitir a criação de comunidades multicelulares complexas que possam desempenhar diferentes funções, explica o Gizmag.
Atualmente, os organismos comunicam entre si através de químicos e estas substâncias servem de mensagem e mensageiro. Nesta fase, as comunicações são bastante limitadas em conteúdos e “largura de banda”.O vírus M13 é o ideal para ser usado neste ambiente porque pode “infetar” diferentes tipos de células, sem as danificar. As mensagens a transmitir serão correntes de ADN manipulado pelos investigadores. Assim que o M13 chega ao seu destinatário, aloja-se e injeta a corrente criada pelos investigadores.
Monica Ortiz, uma das investigadoras deste projeto, explica que conseguiram «efetivamente, separar a mensagem do canal. Agora conseguimos enviar qualquer mensagem em ADN para células específicas dentro de uma comunidade celular complexa».
Nas experiências em laboratório, o vírus M13 conseguiu alojar até 40 mil pares de base e transmitir essa informação a células que distavam sete centímetros entre si.
Este tipo de inovação pode ser usado para a criação de comunidades complexas de células e, por exemplo, na regeneração de tecidos de órgãos