
De acordo com Steve Pawlowski, se a evolução atual continuar ao mesmo ritmo, um computador com uma capacidade de processamento de um exaflop/s (um trilião de operações por segundo) precisaria de mais de quatro gigawatts de potência elétrica. Recorde-se que os supercomputadores mais poderosos da atualidade têm capacidades de processamento avaliadas de poucos petaflop/s (mil biliões de operações por segundo).
O novo objetivo para Pawlowski é desenvolver tecnologias que permitam atingir o exaflop/s com "apenas" 20 megawatts de potência elétrica. Para o efeito, a arquitetura dos computadores vai ter de mudar drasticamente, até porque o cada vez maior número de processadores exige o aumento da largura de banda das ligações entre os diferetens chips que constituem um supercomputador. O que só vem agravar o problema, porque mais conexões e mais memória exigem mais energia.
Entre as soluções preconizadas por Pawlowski, o destaque vai para a junção dos processadores e dos chips de memória RAM, que, na prática, ficam empilhados uns sobre os outros. A utilização de conexões fotoelétricas é outra das possibilidades para ligar os componentes periféricos. Na prática, estas técnicas vão permitir reduzir a energia necessária para realizar cada operação na casa dos milhares para um. Como esta tecnologia vai acabar por chegar aos processadores do mercado de consumo, é possível imaginar as consequências em termos de autonomia para os dispositivos móveis. Ou seja, a Intel promete que o aumento de desempenho vai continuar ao mesmo ritmo, mas vamos ter dispositivos com o potencial para trabalhar durante vários dias.
Sérgio Magno, Irlanda