Embora tenha anunciado os voos de teste, não tripulados, para 2017, a agência espacial norte americana ainda não revelou nenhum calendário para atingir os seus objetivos. Segundo o jornal britânico Guardian, a NASA pode estar a planear a aterragem num asteroide, algo que ainda permanece no reino da ficção de Hollywood.
O jornal avança também com a possibilidade de uma ida a Marte. Seja qual for o objetivo, esta será a primeira vez, desde a era Apollo, no fim da década de 1970, que a NASA envia um astronauta para o espaço profundo.
O senador do Estado da Flórida, e antigo astronauta, Bill Nelson, descreve o sistema de lançamento como "o mais poderoso foguetão da história". No entanto, Bill não falou dos custos específicos do programa, que pode durar até 2025 – cerca de 62 mil milhões de dólares. Um valor que foi adiantado por especialistas que analisaram alguns documentos da NASA, citados pelo jornal britânico.
No entanto, o senador adiantou que o estado vai avançar com 18 mil milhões de dólares nos primeiros seis anos – 10 mil milhões pelo rocket, 6 mil milhões pelo veículo da tripulação, que foi recuperado a partir do programa espacial Constellation e 2 mil milhões a serem gastos no suporte terrestre e no desenvolvimento da plataforma de lançamento no Kennedy Space Centre.
O senador acrescentou ainda que "estamos numa era em que temos de fazer mais com menos, com uma acesa competição pelos fundos disponíveis. No entanto, o que temos são custos realistas."
O foguetão em si, apelidado de SLS, vai ter o dobro da altura do sistema de lançamento atual para os vaivéns e coloca a cápsula da tripulação no topo, eliminado os problemas com a espuma de isolamento na descolagem, que foram uma das causas do desastre do Columbia em 2003.
O veículo vai ter cinco motores de vaivém e, pelo menos, dois foguetes de combustível sólido para já. Depois, segundo Nelson, a NASA vai iniciar um concurso para estabelecer quais as empresas que vão tratar do sistema de propulsão liquida. Sistema já utilizado no gigante Saturn V que levou os astronautas à Lua.