Juntamente com o Institutito Nacional de Investigação Médica de Mill Hill, as duas Universidade britânicas estão a desenvolver um sistema que permite analisar as "relações sonoras" estabelecidas entre as células ou identificar os sons que algumas drogas produzem na destruição de micro-organismos, informa a BBC.
O dispositivo recorre à emissão de lasers que actuam como pinças que sustêm minúsculas gotas de vidro ou plástico.
A solução tem por objectivo a captação e medição de sons produzidos à escala celular, mas na verdade tem por ponto de partida o registo de forças exercidas pelos minúsculos organismos. E isto porque as gotículas de vidro e/ou plástico que se encontram em suspenso nas pinças de laser vão actuar como microfones que são "empurrados" pelas células e, assim, convertem a força exercida em sons.
Os responsáveis pelo projecto acreditam que podem registar, através deste processo, forças um bilião de vezes mais pequenas que um Newton (um piconewton) – provavelmente, a força que um grão de sal exerce enquanto permanece sobre uma qualquer superfície, exemplificam os investigadores britânicos.
Os mentores do projecto pretendem usar esta tecnologia com anéis de múltiplos micro-ouvidos em torno dos objectos escutados.
Inicialmente, este dispositivo vai ser usado na captação de sons produzidos pela bactéria E.Coli, cujos efeitos nocivos afectam anualmente meio milhão de pessoas em África.