O modelo computacional deverá ser usado em doentes que se encontram em unidades de cuidados intensivos e tem por objectivo prever quebras de tensão arterial agudas (ou hipotensão).
Com estas previsões, os médicos poderão actuar por antecipação e evitar lesões irreversíveis ou mesmo a morte dos pacientes, atenta o comunicado da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra (FCTUC).
O novo modelo computacional foi desenvolvido por Jorge Henriques e Teresa Rocha, investigadores do Grupo de Computação Adaptativa do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC) e professores na FCTUC.
A solução criada pelos investigadores coimbrões tem por base uma arquitectura de redes neuronais artificiais, que fazem estimativas da evolução clínica (e em particular de ocorrências de hipotensão) de uma pessoa a partir de dados fornecidos pelo historial clínico.
Os investigadores portugueses não têm dúvidas de que a solução tem viabilidade comercial e pode ser aplicada nos hospitais actuais: "É um sistema que tem toda a aplicabilidade, não só Medicina como em muitas outras áreas", garante Jorge Henriques.
A vitória foi anunciada durante a conferência Computers in Cardiology 2009 , que se realizou em Park City, nos EUA.
A competição foi promovida PhysioNet, entidade que gere uma das maiores bases de dados de investigação na medicina e que pertence ao MIT (Massachusetts Institute of Technology).
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