O feito foi alcançado por uma equipa de investigadores do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat), que se se encontra sedeado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. A equipa de investigadores vai dar a conhecer o trabalho mundialmente pioneiro num artigo a publicar, em Setembro, na revista IEEE Electron Device Letters, informa um comunicado do Cenimat. Os responsáveis pelo projecto lembram que o “transístor de papel” rivaliza no custo e no desempenho com os já conhecidos transístores de filme fino. Elvira Fortunato, coordenadora do Cenimat, explica que o dispositivo recorre a papel vegetal, mas também permite a utilização do vulgar papel de fotocópia. Em ambos os casos é utilizada uma única folha de papel, com diferentes substâncias aplicadas em cada um das duas faces. O “transístor de papel” pretende dar seguimento às mais recentes tendências da investigação que visam criar transístores com biopolímeros. A celulose, que serve de base à produção do papel, pode abrir caminho a uma nova vaga de transístores baratos que, facilmente, podem ser integrados em pequenos ecrãs interactivos (que podem ser integrados em embalagens dos mais diversos produtos), etiquetas com informação dinâmica ou apenas chips de identificação.
Cientistas portugueses criam transístor de papel
Está dado o mote para as primeiras embalagens e rótulos interactivos – cientistas portugueses acabam de criar o primeiro transístor com uma camada de papel.