A Agência Espacial Europeia partilhou algumas imagens onde vemos o satélite ERS-2 antes da sua reentrada na atmosfera terrestre e são evidentes as marcas de desgaste e os danos. O satélite foi trazido para a Terra a 21 de fevereiro, depois de 29 anos de operação no espaço.
As imagens reveladas agora foram captadas pelo TIRA, o Tracking and Imaging Radar do Instituo Fraunhofer na Alemanha, ao longo dos dias e horas de vida do satélite. Nas fotografias, onde a cor representa a intensidade do eco do radar e não a temperatura, é possível notar que um dos painéis solares do ERS-2 se dobra antes do esperado, o que pode ajudar a perceber como a reentrada na atmosfera e o lixo espacial podem afetar as operações ‘lá em cima’.
Em comunicado de imprensa, a ESA explica que “quando preveem a trajetória de reentrada de um satélite, os especialistas tratam-no como um objeto rígido até ao fim. Se os painéis solares do ERS-2 estivessem soltos e a mover-se independentemente um dia antes, isso poderia ter feito o satélite interagir com a atmosfera de formas que não esperávamos”. Os peritos estão agora a investigar os dados concretos sobre a reentrada e perceber como essa informação pode ajudar em missões futuras, explica o Space.com.
A reentrada do ERS-2 foi “natural”, ou seja, não controlada, com a equipa a garantir que os depósitos de combustível e as baterias estavam no mínimo para minimizar os riscos de uma explosão em órbita e a deixar a gravidade e a influência atmosférica puxarem o satélite de volta.