Uma equipa no Naval Research Laboratory, dos EUA, revela ter encontrado hidrogénio nas amostras lunares recolhidas pelo programa Apollo. A sonda trouxe mais de 380 quilos de rocha para a Terra, com algumas amostras a serem analisadas de imediato e outras a serem seladas para trabalhos futuros. Esta equipa publicou uma análise onde se lê que “um uso efetivo de recursos depende da compreensão de onde e como foi formada e é retida a água no regolito”.
O objetivo da equipa (e de várias outras) é perceber se existem recursos naturais na Lua e como podem ser explorados, de forma a possibilitar missões tripuladas de estadia prolongada, sem que se tenha de transportar tudo a partir da Terra. Estes investigadores usaram um feixe de eletrões transmitido para a amostra 79221 para visualizar espécimes e gerar uma imagem aumentada, explica o ScienceAlert.
O hidrogénio detetado tem origem em ventos solares, um fenómeno climatérico espacial, onde um fluxo de partículas viaja a partir do Sol a velocidades que podem chegar aos 1,6 milhões de quilómetros por hora. As assinaturas de hidrogénio foram detetados nas vesículas, pequenos orifícios que surgem na rocha depois do arrefecimento da lava. A descoberta evidencia que o vento solar é ‘armazenado’ em quantidades detetáveis, constituindo um potencial reservatório que pode ser acessível aos exploradores futuros.
O hidrogénio aqui encontrado pode vir a ser minerado e, em conjunto com o oxigénio lunar, ser processado para gerar água para alimentar os astronautas e colonos lunares.