A capacidade de reutilização dos foguetes tem sido a característica mais diferenciadora das naves da SpaceX. Um processo que foi otimizado ao ponto de se ter tornado banal, tantas têm sido as missões que a empresa espacial de Elon Musk tem feito usando primeiros estágios reciclados. Estas são as unidades propulsoras responsáveis pelo lançamento e voo dos Falcon 9 até ao limiar da atmosfera – os Falcon 9 são constituídos por dois estágios, sendo que o segundo, mais pequeno, onde é transportada a carga, entra em ação já numa altitude muito elevada.
Na missão desta terça-feira, o primeiro estágio do Falcon 9 aterrou com sucesso, e pela 17ª vez, no barco-drone da SpaceX, menos de nove minutos após o lançamento. Os 22 satélites Starlink transportados por esta missão terão sido colocados, como previsto, numa órbita baixa, elevando o número de satélites operacionais desta rede para mais de 4700, segundo dados da Planet4589, citados pelo site Space.com.
Além do incrível recorde de reutilização do mesmo foguete, a SpaceX atingiu outro recorde: a 65ª missão do ano, ultrapassando os 61 lançamentos ocorridos em todo o ano passado. Isto apesar de ainda faltarem três meses para terminar 2023. O que significa que o objetivo anunciado por Musk, de atingir os 100 lançamentos este ano, ainda poderá ser concretizado.