É a maior câmara digital do mundo e vai ser instalada no telescópio do observatório Vera C. Rubin. O sistema, de 3,2 gigapixéis (ou 3200 megapixéis) de resolução, demorou quase duas décadas a ser desenvolvido, mas entrou finalmente na etapa final e vai agora ser instalado. Os componentes mecânicos sensíveis foram montados numa sala limpa em Menlo Park, na Califórnia, e a equipa prepara-se agora para os testes pré-instalação.
A câmara marca já presença no Livro Guinness dos Recordes pela utilização de um plano focal gigante e de duas lentes de 5,5 pés de diâmetro. Os primeiros testes devem ser realizados dentro de dois meses e, em maio, o sistema deve ser transportado para o Chile, onde está atualmente o telescópio. Os testes de imagem já só devem acontecer na segunda metade de 2023 e as primeiras imagens devem começar a ser captadas em março de 2024, noticia a Wired.
A cada noite, durante dez anos, esta câmara vai captar o equivalente a 20 terabytes de dados e os cientistas pretendem usar a informação para desenhar um vasto mapa do céu visto do hemisfério sul, incluindo 20 mil milhões de galáxias e 17 mil milhões de estrelas, além de seis milhões de asteroides e outros objetos, construindo uma base de dados cósmica sem precedentes.
A câmara pesa três toneladas e o sensor integra mais de 200 componentes CCD que captarão as imagens através de seis filtros que cobrem o espectro ótico eletromagnético desde o violeta até quase infravermelho.
À medida que as imagens recebidas forem recebidas, a equipa irá disponibilizá-las para a comunidade científica de cerca de dez mil pessoas.