A generalização do trabalho remoto trouxe um novo fôlego ao mercado do outsourcing de serviços de TI. Se já antes da pandemia muitas multinacionais escolhiam os serviços prestados a partir de Portugal para externalizar áreas não core das suas organizações, com a garantia de qualidade dos profissionais nacionais, hoje este é um segmento em expansão. O país está preparado para atuar ao nível dos três modelos de outsourcing – offshore, onshore e nearshore -, competindo com os melhores em preço e qualidade.
Atualmente, a dinâmica do trabalho remoto permite não só a atração de empresas internacionais, que a partir de Portugal prestam estes serviços a nível global, como ter os melhores profissionais nacionais ou internacionais a trabalhar a partir de outras localizações para fornecedores de serviços de outsourcing baseados em território nacional.
As organizações nacionais estão também mais cientes das vantagens destes modelos, com a redução de custos a encabeçar os benefícios mais valorizados, a par com o aumento da capacidade de inovação e de crescimento do negócio, a distinção face à concorrência e, muito importante, mais tempo para focar a sua atenção no core business.
Trabalho em parceria
Os modelos de outsourcing de TI também sofreram grandes alterações nos últimos anos. Da simples externalização do help desk ou dos departamentos de tecnologias da informação, a prestação destes serviços é hoje muito mais do que um contrato. As organizações procuram um trabalho em equipa e parcerias estratégicas que criem reais mais-valias para o negócio, em muitos casos com partilha de receitas e geridas por métricas e objetivos bem definidos. Nestes casos, o fornecedor do serviço está disposto a investir no desenvolvimento de soluções específicas que vão ao encontro das necessidades do cliente, sendo remunerado com base nos ganhos.
A aceleração da transformação digital das empresas em todos os sectores de atividade demonstrou que estas parcerias são essenciais para a sobrevivência dos negócios.