A fortuna pessoal de Elon Musk atingiu um valor máximo a 4 de novembro de 2021, quando foi avaliada em 340 mil milhões de dólares (cerca de 318 mil milhões de euros ao câmbio atual). Desde então, a trajetória da fortuna pessoal do sul-africano tem sido de descida, provocada por desvalorizações consecutivas que levam a fortuna a estar agora avaliada em 137 mil milhões de dólares. Segundo as contas da agência Bloomberg, Musk tornou-se assim na primeira pessoa com um registo de perda de 200 mil milhões de dólares (cerca de 184 mil milhões de euros). O lugar de ‘mais rico do mundo’ passou, no final de 2022, de Musk para o empresário francês Bernard Arnault, que lidera a holding de marcas de moda de luxo LVMH.
Em outubro de 2021, a Tesla ultrapassava o bilião de dólares em valor no mercado bolsista, juntando-se a um lote restrito de empresas no qual figuram nomes como Apple, Microsoft, Amazon ou Alphabet. Entretanto, o valor da empresa no segmento automóvel foi sendo desafiado e os rivais estão rapidamente a eletrificar as suas gamas automóveis, o que tem feito aumentar a concorrência no segmento dos veículos elétricos. As ações da Tesla caíram 65% em 2022 e Musk teve de vender parte para financiar a compra da Twitter.
Atualmente, o património de Musk divide-se maioritariamente entre a posição de 44,8 mil milhões de dólares na SpaceX (que corresponderá a cerca de 42%) e os 44 mil milhões de dólares em ações da Tesla.
Nos últimos tempos, Musk tem vindo a público justificar que as empresas estão a ter um bom desempenho nos mercados, mas que a Reserva Federal dos EUA, com a subida acentuada das taxas de juro, tem sido responsável pela má imagem financeira. “A Tesla está a ter o melhor desempenho de sempre. Não controlamos a Reserva Federal. É aí que está o verdadeiro problema”, escreveu no Twitter a 16 de dezembro.