Testámos um dos primeiros Model Y a chegar a Portugal, mas, na altura, não foi possível fazer tantos quilómetros como desejávamos porque o tempo do ensaio foi limitado. Daí termos, agora, voltado ao único SUV elétrico que a Tesla comercializa neste momento no nosso país – o Model X foi renovado e ainda não tem data para comercialização na Europa. Aliás, atualmente a marca de Elon Musk comercializa na Europa apenas dois modelos, o Model 3 e o Model Y (também o S está em fase de renovação). E só o Model 3 oferece toda a gama de configurações, já que, por enquanto, o Model Y apenas está disponível nas versões Long Range e Performance. Ensaiámos a Long Range, desta vez com a configuração mais acessível de todas, sem quaisquer opcionais – €65.985, ‘chave na mão’. Como referido na primeira análise, o Model Y pode ser visto como um género de Model 3 esticado para cima, já que os carros partilham a grande maioria dos componentes.
Maior que parece
Para os padrões americanos, o Model Y é um SUV compacto, para os nossos será, à partida, um SUV médio. Mas acaba por ter um espaço interior próximo de alguns ‘grandes’ SUV. Uma consequência da arquitetura ‘em skate’ da Tesla, onde a bateria e quase toda a mecânica ficam concentradas num nível abaixo dos eixos das rodas, o que liberta espaço na carroçaria. A maior experiência da Tesla no desenvolvimento de carros elétricos de raiz nota-se neste aspeto, já que os conjuntos motor/transmissão são bem mais compactos que nos concorrentes. Resultado, há muito espaço a bordo. Aliás, esta é a grande vantagem do Y relativamente ao 3, sobretudo para quem viaja nos bancos de trás. Neste aspeto, há que salientar o espaço disponível para o lugar do meio, que é quase tão confortável como os outros dois. Com direito a uma raridade: um espaço, por baixo da consola central (outro espaço de arrumação gigante), onde o passageiro que está sentado ao centro pode colocar os pés. Pode parecer um pormenor, mas faz muita diferença em viagens longas.