Parte daquilo que acreditávamos em Economia está a ser colocado em causa. A VISÃO escreveu sobre isso na revista de 3 de setembro, pedindo a ajuda de 5 economistas para nos explicarem o que está a mudar e porquê, enquadrando as alterações num regresso a princípios keynesianos de intervenção do Estado. Talvez mais do que um movimento académico que esteja a abanar os alicerces intelectuais da ciência, a Economia está a confrontar-se com um mundo em rápida mudança e a esforçar-se por acompanhá-lo.
Devido a constrangimentos de espaço, em artigos desse género nunca é possível publicar toda a reflexão dos entrevistados. Neste caso, perante a relevância e a sua complexidade, vale a pena dar-lhes mais espaço. Por isso, publicamos aqui uma versão alargada das respostas que nos foram dadas por Sérgio Rebelo, Catarina Reis, Miguel Faria e Castro, Ricardo Reis e Vítor Bento. Os últimos dois por conversa telefónica/videoconferência.
O texto é longo, mas elucidativo sobre os dilemas que os economistas enfrentam, quando recebem mais informação (desigualdade), o mundo colapsa com uma crise histórica (intervenção do Estado) ou os mecanismos que conhecíamos deixam de funcionar (inflação e papel dos bancos centrais). E desengane-se se acha que isto é só para geeks. Como dizia Keynes, “homens práticos que acreditam estarem totalmente imunes a influências intelectuais são normalmente escravos de algum economista defunto”.
1. A pandemia está a forçar um “fast forward” na viragem no pensamento económico?
Ricardo Reis, professor da London School of Economics
Há aqui uma mudança, sim. Mas não foi motivada por uma revolução intelectual. Keynes dizia “quando as circunstâncias mudam, eu mudo de ideias”. É isso que está a acontecer. Estamos a fazer muito mais porque as circunstâncias são diferentes. Há uma nova fase da política macroeconómica. [A partir de 2010] temos duas grandes mudanças: taxas de juro muito baixas; e inflação totalmente controlada. A dimensão do pacote [de recuperação] só foi possível porque as taxas de juro reais estão tão baixas.
Nos últimos seis meses, o que vimos foi toda a gente a favor de uma componente orçamental muito ativa. Sem mudar nada, a teoria económica já dizia que devemos ser mais keynesianos neste momento.
Vítor Bento, economista e ex-conselheiro de Estado
Vivemos momentos de mudança de prioridades políticas, não tanto do pensamento. As novas circunstâncias vão criando espaços para a evolução da teoria económica, que tem de se adaptar a novos factos, tal como a medicina.
Tirando algumas visões mais radicais, nunca fez parte do mainstream da economia recusar o papel do Estado. Essas funções [de apoio à economia] são é mais invocadas em momentos de necessidade do que de tranquilidade. Eu não acho que o keynesianismo tenha desaparecido. O problema do keynesianismo é que muitos dos que invocaram Keynes nunca o leram. Consideram que keynesianismo é o Estado estar sempre a intervir na economia e aumentar a despesa pública. A um homem com um martelo na mão, tudo lhe parece um prego.
Miguel Faria e Castro – economista da Reserva Federal de St. Louis
Não acho que seja tanto uma “viragem” em termos de pensamento, como uma aceleração de certas tendências que já vinham de trás, principalmente do pós-Grande Recessão. Falo de coisas como a ênfase em questões redistributivas e desigualdade, ou a aparente quebra da relação entre massa monetária e inflação. Do ponto de vista de política económica (monetária e orçamental), por exemplo, não houve nada fundamentalmente novo nas políticas de resposta. O tamanho e forma/rapidez de implementação dessas políticas não tem precedentes e acho que resultam em parte das lições que aprendemos com a crise de 2007-08.
Catarina Reis – professora na Universidade Católica
Na sequência da crise atual, houve uma grande proliferação de trabalhos de investigação acerca do impacto económico da crise, mas não houve até agora uma mudança de paradigma. A maior parte dos trabalhos junta modelos de epidemiologia aos modelos tradicionais macroeconomómicos, e a pandemia funciona como uma externalidade negativa, em que as ações de cada um têm impacto em toda a sociedade (neste ponto tem algumas semelhanças com o aquecimento global, mas por alguma razão parecemos ter muito mais medo da Covid). Isto tem servido para justificar o elevado intervencionismo dos Estados na economia e na vida privada dos cidadãos.
Sérgio Rebelo – professor na Kellogg School of Management
Uma recessão normal reflete em geral uma quebra na procura. Por isso, os bancos centrais baixam rapidamente a taxa de juros para estimular a procura. Numa recessão típica, a atividade económica cai nos primeiros seis meses mas depois recupera. Em recessões mais longas e profundas, como a de 2008, utilizam-se estímulos fiscais.
A recessão associada à Covid tem um carácter diferente porque trata-se um choque simultâneo sobre a procura e a oferta. As pessoas querem reduzir o risco de infeção, por isso reduzem a despesa em bens cujo consumo requer contato social (por exemplo, refeições em restaurantes, idas ao cinemas e participação em espetáculos desportivos). Reduzem também, nalguns casos, a sua oferta de trabalho para evitarem serem contagiadas no local de trabalho. Num estudo em curso com dados portugueses, vemos o consumidor nacional a agir de forma muito racional. As pessoas mais idosas reduziram mais o consumo de bens que requerem contato social e essa redução é maior nos meses em que o risco de infeção é também maior.
A nova política adotada em muitos países, incluindo o layoff simplificado implementado em Portugal, é inspirada no Kurzarbeit (trabalho curto) alemão. Em vez de despedirem os trabalhadores, as empresas mantêm os postos de trabalho e reduzem as horas trabalhadas. O governo compensa parcialmente os trabalhadores pela quebra de rendimento. Esta política permite uma recuperação mais rápida porque a recessão não destrói os laços entre empresas e trabalhadores. O Kurzarbeit funciona particularmente bem se a economia tiver a mesma estrutura antes e depois da recessão. Talvez esse não seja o caso da recessão associada com a Covid. Estamos assistir a grandes transformações estruturais durante a crise.
2. Que mudanças são mais relevantes?
Sérgio Rebelo
As políticas monetárias que estão a ser implementadas para garantir que não há interrupção no fluxo de crédito são semelhantes às utilizadas na grande recessão de 2008-09. Ainda mais do que na grande recessão, o Estado está a ser o segurador e investidor de última instância. Por isso vamos sair da crise com uma dívida pública maior e um peso maior do Estado na economia.
A crise sanitária veio acelerar tendências que já estavam em curso. Uma delas é a redução do ritmo da globalização e, em alguns casos, um recuo nesse processo.
Esta crise veio também aumentar ainda mais a desigualdade na distribuição do rendimento. As camadas mais desfavorecidas têm empregos mais precários, menos acesso à saúde, e menos oportunidades de trabalho remoto. Por isso, estão a ser mais afetadas pela crise.
Vítor Bento
Onde estou mais inclinado a acreditar que houve uma mudança na natureza das coisas é no papel dos bancos centrais. Uma área que lecionei. De acordo com tudo aquilo que andei anos a ensinar, deveríamos estar cheios de inflação. Mas isso não se está a verificar.
Hoje vivemos num cenário contrário à nossa experiência de muitos anos: excesso de poupança mundial, seja por razões demográficas ou de abundância. Esse excesso é o principal problema.
Miguel Faria e Castro
Tem havido um cada vez maior interesse por questões de desigualdade, não apenas devido ao bem documentado aumento destas, mas também porque finalmente os economistas têm acesso a microdados de boa qualidade que permitem medir essas desigualdades, e usar essa mensuração para calibrar modelos que permitam estudar os efeitos de diferentes políticas e choques na desigualdade. A explosão de microdados é um fenómeno relativamente recente, e tem levado a um maior interesse (e muito progresso) em questões deste género. A questão do intervencionismo estatal é, em grande parte, uma consequência da Grande Recessão, mas também se encontra relacionada com essa revolução dos microdados. Um bom exemplo é a questão dos efeitos de aumentos do salário mínimo na procura de trabalho. Durante décadas, era mais ou menos consensual entre economistas a noção “Econ 101” de que um aumento do salário mínimo levaria a uma redução na criação de emprego. Vários estudos recentes, principalmente focados nos EUA, usam microdados para demonstrar que alterações do salário mínimo podem não ter um efeito tão óbvio no emprego.
Há três outras tendências que gostaria de realçar. A primeira é o estudo da concentração industrial e de poder de mercado, principalmente nos EUA. Vários economistas documentaram uma grande tendência de concentração em vários sectores, como companhias aéreas ou redes de telemóveis que são claramente produto de desregulação principalmente nos anos 80 e que podem ter elevados custos para o consumidor e contribuir para a acentuação de desigualdades. Outro aspecto desta questão é o surgimento de conglomerados tecnológicos em sectores que, por estarem associados a tecnologias muito recentes, são muito pouco (ou nada) regulados.
Outra tendência importante está relacionada com a persistentemente baixa inflação que se tem verificado na maioria das economias ocidentais desde a Grande Recessão. Esta baixa inflação, no contexto de estímulo monetário sem precedentes por parte dos bancos centrais, e de níveis de desemprego relativamente baixos, tem levado muitos macroeconomistas a questionar duas relações que eram tidas como fundamentais: a relação positiva entre crescimento da massa monetária e inflação, e a relação negativa entre desemprego e inflação (a curva de Phillips). Estas duas relações tinham sido relativamente estáveis desde os anos 60, mas parecem ter-se alterado substancialmente ou mesmo desaparecido após 2008.
Finalmente, temos a questão das alterações climáticas, que apesar de já ser estudada por economistas há muito tempo (alias, o Prémio Nobel em 2018 foi para economistas nesta área) tem começado a influenciar cada vez mais a formulação de politica orçamental e monetária.
Catarina Reis
Temos assistido a um Estado mais intervencionista, tanto nas ações dos cidadãos, como intervenção direta na economia, através da proibição ou maior regulamentação de muitas atividades, bem como da subsidiação de outras. Observamos ao mesmo tempo um recuo na globalização, quer devido ao medo dos cidadãos, quer devido a políticas explícitas de fecho de fronteiras. Neste momento vemos com maior suspeita tudo o que vem de fora, seja de fora da nossa casa ou do nosso país. No entanto, não creio que tenha sido dada a devida atenção às crescentes desigualdades a que assistimos. As medidas de confinamento voluntário ou impostas pelos diferentes governos criaram uma enorme recessão em que os mais afetados são justamente aqueles que são mais vulneráveis. Os trabalhadores menos qualificados não conseguem fazer teletrabalho e trabalham em setores que foram fortemente afetados pela recessão.
O fecho das escolas foi também dramático para muitas crianças, e creio que só daqui a alguns anos vamos perceber o verdadeiro impacto que isso teve na mobilidade das gerações futuras. As crianças acabaram por ser das pessoas mais afetadas pela pandemia embora sejam pouco afetadas pelo vírus.
3. As alterações podem ser estruturais?
Miguel Faria e Castro
Algumas destas novas tendências são mais “metodológicas” (como a questão da desigualdade e dos microdados), e portanto eu diria que são claramente estruturais. Outras, mais relacionadas com as preferências por determinadas opções de política tenderão, penso, a ser conjunturais. Um bom exemplo são os tabus sobre bancos centrais. Nos últimos anos, e devido a inércia da inflação, começou-se a aceitar a existência de bancos centrais com balanços gigantes (por vezes múltiplos do PIB, como na Suíça).
Há várias teorias para as razões pelas quais a inflação se tornou baixa e pouco volátil (por exemplo, fatores demográficos como o envelhecimento da população, efeito Amazon, aumento de desigualdades, etc.). Uma dessas teorias é de que os bancos centrais se tornaram extremamente (demasiado até) eficientes a ancorar expectativas de inflação. Se toda a gente acha que a inflação será baixa, ajustam as suas ações com base nessa expectativa, e a inflação acaba por ser baixa. Isto implica que alterações grandes nos princípios de atuação dos bancos centrais podem quebrar essa “ancoragem” (por exemplo, perda de independência), e podemos voltar a uma situação em que políticas pré-Grande Recessão voltem a ser desejáveis.
Ricardo Reis
[Alguns perguntarão]: fomos tão agressivos agora [a intervir na economia]; Porque não continuar a fazê-lo numa próxima recessão? Uma das razões que justificou esta resposta tão agressiva foi o facto de o choque da Covid-19 ter sido tão imprevisto. Não havia uma questão de maus incentivos, nem podemos dizer que partes da economia ignoraram riscos. Isto é invulgar. O moral hazard não foi muito relevante. Noutras recessões pode ser.
A política macro dos últimos anos já tinha sido muito diferente. Como vai ser nos próximos cinco ou 10? É mais adivinhação do que outra coisa. Provavelmente vai ser mais parecido com os últimos anos do que com os anos 1990 e 2000. Mas, daqui a algum tempo, podemos estar a falar de uma contra-revolução keynesiana devido às suas consequências.
A ideia de que um banco central pode subir os juros de forma racional ou recusar liquidez de forma muito independente parece-me sob ameaça. A independência da Reserva Federal [dos EUA] não durava duas semanas se fizesse isso.
Quanto à globalização, as empresas já tinham percebido que havia necessidade de diversificar as cadeias de valor. Vai enfatizar-se mais essa ideia. Será uma globalização diferente. Havia a percepção de que as fronteiras estariam sempre abertas. Agora será procurada maior robustez.
[No campo da desigualdade], havendo um choque tão grande nestes meses, as consequências vão prolongar-se no tempo, entre quem teve azar e quem irá ficar para sempre mais pobre do que outros. Já havia alguma pressão sobre impostos de riqueza. Como estas diferenças vão ser vistas como essencialmente sorte ou azar, deverá haver mais pressão para a criação desses impostos.
Vai haver uma mudança radical na minha agenda de investigação e na dos meus colegas.
Vítor Bento
Naquilo que é o prazo visível, a cinco anos, os juros não vão subir. Isso cria a ideia de que as restrições de endividamento são aliviadas. Vai ficar quanto tempo assim? Não sabemos. Se soubéssemos era fácil para todos. Mas, se admitirmos que este ambiente vai durar 50 anos, talvez valesse a pena emitir dívida de muito longo prazo, evitando o risco de refinanciamento.
Quanto à globalização, alguns dos seus fatores serão revistos, como a dispersão de cadeias de abastecimento. O risco de disrupção dessas cadeias muito extensas vai entrar nos ponderadores de investimento. Assumia-se um mundo contínuo e essa foi uma lição aprendida com a pandemia.
Sérgio Rebelo
Há uma dimensão conjuntural importante porque a recessão é muito dura e pode criar uma espiral de falências devastadora para a economia. Daí o caráter urgente das políticas monetárias e fiscais que foram adotadas. Ao mesmo tempo, temos muitas alterações estruturais em curso.
O trabalho remoto, que era pouco utilizado antes da crise, está-se a tornar comum e a ter um impacto negativo sobre o mercado de imobiliário das grandes cidades. Porquê pagar uma fortuna por um pequeno apartamento em São Francisco quando se pode comprar uma quinta no campo e trabalhar de lá? Estamos também a assistir à globalização do mercado de trabalho. Vai ser possível aos portugueses trabalharem de casa para grandes empresas multinacionais.
Outras transformações incluem mais comércio eletrónico (e menos retalho convencional), mais telemedicina, mais conferências por vídeo e menos viagens, mais aulas online e menos ensino presencial, mais uso de plataformas financeiras digitais e menos agências bancárias.
4. Vão no bom sentido?
Catarina Reis
Neste momento vejo duas tendências claras. Por um lado temos uma polarização e aproveitamento político do debate à volta da pandemia, que é especialmente claro em países como os Estados Unidos. Por outro lado, vejo muitas decisões guiadas pelo medo, que raramente é bom conselheiro. Não podemos ignorar os riscos, mas temos de os por em proporção, e neste momento creio que o risco de morrer da cura é provavelmente maior que o risco de morrer do mal. No caso de Portugal, que tem uma dívida pública problemática, não há margem de manobra para fazer mais confinamento, o que significa que a economia tem de voltar a funcionar. Mas não está de todo claro que saiamos da pandemia com uma economia melhor ou mais sustentável. Pelo contrário, como nos habituámos a ser mais intervencionistas vai levar algum tempo até deixarmos os mercados funcionarem.
Sérgio Rebelo
A crise sanitária veio acelerar o processo de transformação digital que já estava em curso mas que, em vez de levar anos, está a acontecer em meses. Estas mudanças vão tornar a economia mais eficiente e criar as sementes de um novo período de crescimento.
Miguel Faria e Castro
Algumas sim e outras não. Por um lado, penso que ninguém discorda do facto de questões relacionadas com desigualdade, concentração de poder de mercado, ou alterações climáticas serem bastante importantes para a sociedade e para a determinação de alocações e preços que é, afinal de contas, o objeto de estudo da economia. Logo, a aceitação de que estas são questões importantes, que afetam o comportamento dos agentes económicos e a forma como agregados macroeconómicos são determinados, faz parte do progresso da economia enquanto ciência.
Por outro lado, há questões mais políticas e institucionais que já existem há algum tempo, mas cuja clarificação se torna cada vez mais urgente. Uma questão importante é o papel dos bancos centrais na sociedade. O enorme aumento do tamanho destas instituições devido a políticas levadas a cabo desde a Grande Recessão, tem levado a uma maior consciencialização da sua “accountability” perante sociedades democráticas. Por um lado, a perceção de que estas instituições, controladas por tecnocratas que não são eleitos, se tornaram demasiado grandes e poderosas, sem ter de prestar muitas contas. Por outro lado, a grande tensão que existe entre os seus mandatos formais que são formulados por um órgão legislativo e a pressão que por vezes esse mesmo órgão coloca nas ações do banco central.
Isto tornou-se mais evidente no rescaldo da Grande Recessão na zona euro, digamos 2016-2017, quando governos dos estados-membros imploravam ao BCE que fizesse algo que estimulasse o investimento ou a produtividade. A resposta (informal, claro) do BCE é de que não apenas não tinha mandato para fazer algo relativamente a estas coisas, como (e mais importante) não dispunha de ferramentas para fazer o que fosse. Por outro lado, os próprios governos dispõem de autoridade orçamental e logo de ferramentas mais apropriadas para atingir este tipo de objetivos. Este aumento de peso e de influência dos bancos centrais têm portanto sido acompanhado de uma expectativa de alargamento de competências que estão claramente fora dos mandatos dos bancos centrais. Por todo o mundo vê-se políticos eleitos a pedir que os bancos centrais resolvam situações relacionadas com alterações climáticas ou desigualdades económicas e raciais (que são problemas muito importantes) quando na realidade os bancos centrais não dispõem de ferramentas suficientemente “micro” para resolver muitos desses problemas sem causar problemas noutros sectores. Esses legisladores eleitos normalmente detêm um conjunto de ferramentas que são perfeitas para resolver essas questões: chama-se política orçamental.