A AstraZeneca Portugal é a grande vencedora das Melhores Iniciativas Para Trabalhar 2024, iniciativa da EXAME e do ManpowerGroup Portugal cuja entrega de prémios decorreu esta quarta-feira, no âmbito da cinferência “Fórum Futuro do Trabalho”, realizada na AESE, em Lisboa. A farmacêutica repete assim a vitória conseguida na edição anterior.
Na AstraZeneca Portugal há um programa de estágios diferente do habitual. O Life Changers procura atrair, desenvolver e inspirar novos talentos, proporcionando uma experiência de aprendizagem na indústria biofarmacêutica. No entanto, aquilo que diferencia estes 11 meses de estágio é a dupla mentoria. Ou seja, os estagiários terão o acompanhamento natural para as funções que desempenharem durante este período, mas contam com um desafio adicional de serem, eles próprios, mentores de colegas mais antigos. “Os colaboradores enviam os seus currículos, uma espécie de apresentação pessoal e profissional, de forma anónima, e depois é feito um ‘match’ com os participantes do programa”, explica Maria João Maia. O objetivo é que os jovens trabalhem os pontos considerados mais fracos dos colegas mais velhos. A diretora de Recursos Humanos e jurídica, exemplifica: “Se alguém tem mais dificuldades com o Excel, com apresentações, etc., o jovem mentor trabalha esse ponto.”
Mas este é apenas um exemplo da cultura descontraída, inclusiva e diversa que se vive na AstraZeneca Portugal, o qual, para Carlos Frederico Carvalho, demonstra porque a biofarmacêutica, com escritórios em Oeiras, arrecada este ano, pela segunda vez consecutiva, o título de Melhor Empresa Para Trabalhar em Portugal (apesar de a empresa ainda não o saber). O diretor não tem dúvidas de que a empresa dá aos seus colaboradores todas as condições para uma carreira desafiante, com a devida retribuição e promoção do equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.
Inclusão, diversidade e impacto social
Focada nas pessoas, a AstraZeneca leva muito a sério as questões relacionadas com os temas da inclusão, diversidade e impacto social, de forma bastante abrangente. Ao nível da inclusão e do envolvimento de todos no negócio, há iniciativas como a Speak Up – momento de debate e de partilha de feedback à direção –, em que os colaboradores podem abordar qualquer tipo de tema, sugerir melhorias ou dar a sua opinião sobre o que se passa na organização.
A plataforma Catalyzers é outra forma de envolver os colaboradores e de estimular o espírito de equipa. A ferramenta é utilizada para que todos possam elogiar os colegas em público, seja por um trabalho extraordinário, por uma iniciativa inovadora, ou por qualquer outra situação que considerem importante.
Já para assegurar o convívio e o divertimento, a Fun Squad, equipa responsável pela criação de momentos divertidos – cujos elementos se voluntariam e que é, portanto, diferente para cada evento –, junta mentes criativas e bem-dispostas provenientes de diferentes áreas da empresa. Mais a sério, as Power Sessions reúnem os colaboradores para ouvir pessoas com carreiras inspiradoras em várias áreas, com o objetivo de mostrar à equipa que qualquer um pode ser aquilo que idealizar. As palestras, sobre temas que tocam a todos – como menopausa, LGBT, entre outros –, também juntam a equipa para clarificar dúvidas e destruir mitos.
A diversidade é outro tema que na AstraZeneca assume uma forma “única”, como enfatiza Maria João Maia. Desde contratar pessoas com deficiência sem que o motivo sejam as chamadas quotas até atribuir uma licença parental a 100% aos homens que sejam pais, disponibilizar de uma sala de amamentação para as recém-mamãs ou distribuir finger toys para uma melhor gestão do stresse, a empresa procura sempre fazer bem e diferente.
O tema da neurodiversidade tem sido igualmente abordado na farmacêutica. “Temos de passar a mensagem de que somos todos diferentes, e de que todas as diferenças são importantes”, explica a diretora de Recursos Humanos.
No que se refere ao impacto social, a AstraZeneca procura estabelecer parcerias com entidades que partilham valores semelhantes e, mais uma vez, impactar a vida das pessoas apoiadas. Exemplo disso é a parceria com o Café Joyeux, projeto de inserção de pessoas com deficiência na vida ativa e profissional, ou com a Semear, para o cultivo das hortas e a plantação de árvores no espaço exterior do escritório.
Medicamentos que mudam vidas
A aposta em Investigação & Desenvolvimento (I&D) é também uma prioridade na AstraZeneca, a nível global. Anualmente, nas três grandes áreas terapêuticas que endereça – Biofarmacêutica, Doenças Raras e Oncologia, em que ambiciona ajudar a eliminar o cancro como causa de morte –, são investidos milhões de euros na pesquisa e na inovação, sempre de olhos postos na transformação dos cuidados de saúde.
Ajudar os doentes a ter mais saúde e qualidade de vida, a conseguirem melhores, mais rápidos e mais inclusivos diagnósticos é a meta do trabalho conduzido nos laboratórios que tem espalhados pelo mundo. Portugal não é exceção e investiu, desde 2018, cerca de 23 milhões de euros (seis milhões só em 2023) na busca por novas soluções com impacto na vida das pessoas.
Das mentes brilhantes no laboratório nacional já saíram projetos que hoje são usados em todo o mundo e que, nalguns casos, ganharam mesmo prémios internacionais. É o caso do “Via Verde do doente”, que permite realizar diagnósticos mais rápidos para acelerar a resposta e o tratamento de episódios agudos de várias doenças, distinguido nos Estados Unidos e utilizado também em Portugal.
A AstraZeneca apoia igualmente startups com projetos impactantes e soluções inovadoras na área da saúde. É o exemplo da Hope Care, com sede em Coimbra, que desenvolveu um sistema de monitorização de doentes em modelo de telemedicina, que está a ser utilizado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com o apoio de várias instituições particulares de solidariedade social (IPSS) locais. No fim do dia, dizem os responsáveis, “queremos continuar, através do poder da Ciência, a transformar o futuro dos cuidados de saúde para as pessoas, para o planeta e para a sociedade”.