Os preços das casas em Portugal continuam a subir, se bem que a um ritmo mais baixo. Um imóvel de 100 metros quadrados custa, usando a mediana das transações feitas no primeiro trimestre, €164,4 mil euros. Este é o valor mais recente do Instituto Nacional de Estatística que atualizou esta terça-feira os dados dos preços dos alojamentos familiares.
Apesar de os preços terem continuado a subir no arranque do ano, o ritmo de valorização refreou. A subida homóloga dos valores medianos das transações foi de 5% no primeiro trimestre de 2024, bem mais baixa que a de 7,9% registada no último trimestre do ano passado. O ritmo de valorização entre janeiro e março deste ano foi o mais baixo em três anos, num cenário marcado pelas taxas de juro altas e pela desaceleração da economia.
No entanto, apesar da tendência de subida generalizada dos preços, houve diferenças entre regiões. “No período em análise, as sub-regiões da Grande Lisboa, Algarve, Região Autónoma da Madeira, Península de Setúbal e Área Metropolitana do Porto registaram preços da habitação superiores aos do país. Destas, apenas a Grande Lisboa (4,3%) e o Algarve (2,2%) registaram taxas de variação homóloga inferiores à nacional”, indica o INE.
Já por concelhos, sem grande surpresa, Lisboa permanece como o mais caro. Durante os primeiros três meses do ano as casas foram transacionadas, em valores medianos, por €4190 euros por metro quadrado. Mas, na lista dos mais caros, registam-se também vários municípios algarvios.
Os dados do arranque do ano comprovam que a tendência de subida dos preços se mantém. Nos últimos cinco anos, os valores subiram 54% e ao longo dos últimos trimestres foram batidos vários recordes. Esta tendência verifica-se em praticamente todas as regiões, especialmente na Península de Setúbal, Grande Lisboa e Algarve.