Quando decidiu avançar em nome próprio, António Braga sabia o que gostaria de fazer. O enólogo, que durante cerca de 15 anos esteve ligado ao grupo Sogrape, onde foi responsável por algumas das suas mais importantes referências, juntou-se a quatro sócios – “consegui convencer umas pessoas para não me meter nisto sozinho”, diz, divertido – para criar um projeto independente. É ele o sócio maioritário e, admite, as decisões são mais suas do que dos outros parceiros de projeto, que vêm de áreas tão díspares como a banca ou a música. Mas todos se divertem bastante com a ideia que António passou mais de dez anos a desenvolver. “Quando comecei a pensar nisto mais a sério, em 2019, apercebi-me de que tinha, datado de 2009, um projeto já praticamente todo pensado, um plano de negócios…” António não queria comprar vinhas nem construir adegas. Não tinha uma região em mente, nada daquilo que, por norma, faz um sonho começar a ser desenhado.
O que sabia é que queria ir em busca das melhores vinhas e poder fazer os vinhos que fizessem sentido. “Há tantas coisas por descobrir no nosso país”, diz, de olhos a brilhar.