Portugal está na moda para os turistas nacionais e estrangeiros. Os números da atividade turística mostram que o sol continuou a brilhar em 2017 para os empreendimentos turísticos: no ano que passou o número de hóspedes disparou 8,9% para 20,6 milhões, gerando 57,5 milhões dormidas no País, uma subida homóloga de 7,4%.
Os números, que constituem novos recordes para o turismo nacional e foram divulgados esta quarta-feira, 14 de fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), significam no entanto um abrandamento na trajetória de crescimento anual, já que em 2016 o número de hóspedes tinha aumentado 9,2% e o de dormidas 9,6%.
Mais de dois terços das dormidas tiveram origem nos mercados internacionais, tendo reforçado o seu peso no total, passando de 71,5% em 2016 para 72,4% no ano passado. As dormidas de turistas estrangeiros cresceram 8,6% em relação a 2016, um ritmo que é mais de duas vezes superior ao registado pelo mercado interno no mesmo intervalo (4,1%).
O principal mercado internacional, o britânico, cresceu apenas 1,1%, tendo em dezembro passado registado o terceiro mês consecutivo de quebra, num contexto marcado ainda pela decisão de saída do país da União Europeia. Em 2016 as dormidas de turistas britânicos tinham disparado 10% em termos anuais. O mercado alemão cresceu 7,7% e o espanhol 2,7%, enquanto o francês subiu apenas 0,3%.
Já as dormidas de turistas polacos, norte-americanos, brasileiros e suecos cresceram mais de 30% em termos anuais. Entre as regiões, as que mais cresceram em termos percentuais foram os Açores e o Centro. Lisboa já representa um quarto de todas as dormidas e o Algarve um terço.
A acompanhar a trajetória de crescimento estiveram os proveitos totais das unidades hoteleiras, que se aproximaram dos 3.400 milhões de euros, com uma subida de 16,6%, além da taxa de ocupação-cama (que mede a ocupação da oferta hoteleira disponível e subiu 2,3 pontos percentuais para 51,6%).
Este é o oitavo ano consecutivo de subida para o número de dormidas na hotelaria nacional, numa trajetória de crescimento que foi retomada em 2010, no seguimento dos efeitos da crise económica internacional.