O grupo Pestana vai dedicar cerca de metade do investimento previsto para os próximos três anos a Portugal: dos 200 milhões de euros que prevê investir globalmente, 100 milhões ficarão no país. “A construção de um quarto em Lisboa custa-nos metade do valor do que nas outras capitais europeias”, explicou José Roquette, Chief Development Officer da cadeia, durante a apresentação do plano estratégico do grupo a jornalistas. “E o retorno, atualmente, é maior do que nos outros países. Até podíamos investir mais, mas temos que ter consciência de que a taxa de crescimento de 10% ao ano não vai durar para sempre”, sublinhou o responsável.
A grande novidade é a entrada da marca Pestana no mercado marroquino com duas unidades hoteleiras em Marraquexe: um boutique hotel Pestana CR7, construído em parceria com um sócio marroquino e cujo contrato de gestão tem a duração de 20 anos, e ainda um hotel de 4 estrelas. O CR7 Pestana, com 164 quartos, tem abertura prevista para o verão de 2019, e será o primeiro a ser inaugurado.
Durante este ano “talvez inauguremos seis outras unidades”. As perspetivas são de abertura no Porto – já em Março -, em Amesterdão, Tróia, Alvor, Óbidos e Madrid.
Nos próximos três anos deverão abrir, no total, 20 novos hotéis, naquela que é “a maior expansão de sempre”, diz Roquette. “Nos últimos seis anos abrimos 20 hotéis, e agora vamos abrir outros tantos num prazo de três anos”, salientou. “Abrir 40 hotéis em menos de dez anos mostra o momento único e de grande expansão que o grupo Pestana está a viver. Nunca tivemos um momento assim”.
Isto é possível, defende o gestor, porque a reestruturação nunca abrandou, nem durante os anos da crise, o que permite agora um crescimento sustentado e sem grandes surpresas. A cadeia vai continuar a apostar na diversificação geográfica de forma a fazer face aos riscos da economia – nos próximos tempos não deverá investir no Brasil mas reforça na Europa – e está de baterias apontadas ao mercado norte-americano. Depois da abertura de um hotel em Miami, o grupo prepara-se para abrir três novas unidades em Nova Iorque: duas em Manhattan e uma em Newark.
“Se calhar daqui a uns anos os EUA terão 20% do nosso número de quartos”, atira Roquette ao revelar que atualmente aquele mercado só representa 1% dos cerca de 11 mil quartos que o grupo detém.
Para já, não se esperam grandes aquisições nem “grandes saltos”, porque o grupo não quer abdicar da solidez. “Queremos garantir um crescimento sustentado”, atira em jeito de justificação.