A partir de Riba deAve, em Vila Nova de Famalicão, a S. Roque tornou-se líder mundial na produção e venda de máquinas automáticas de estamparia peça a peça sem medo da concorrência americana e está pronta a continuar a crescer, como prova o investimento de 2,6 milhões de euros anunciado para ampliar as instalações industriais, produzir novos modelos de máquinas e entrar no universo da estamparia digital. Presente em 60 países dos cinco continentes, esta fábrica tem o seu principal concorrente nos Estados Unidos, mas decidiu olhar para a América sem medo e no ano passado teve aí o seu principal mercado. A receita do sucesso combina trabalho contínuo e esforço para fazer sempre o melhor, diz a direção da empresa, fundada por Manuel Sá em 1979.
A ambição permitiu transformar a pequena serralharia montada na garagem da casa de família numa empresa especializada em máquinas para estamparia têxtil, a indústria forte da região do Vale do Ave. Depois, veio a aposta em soluções à medida, porque “entre o que o cliente pensa que quer e aquilo de que efetivamente precisa a distância é por vezes muito grande”, como explica o diretor de Marketing, Nuno Venda, certo de que este foi um trunfo decisivo na batalha pela liderança do mercado, a par da aposta na oferta de máquinas ovais, que podem ser compostas por módulos, até ao tamanho desejado, sem problemas de transporte. Um concorrente, em parceria com um fabricante chinês, já copiou a solução, mas isso não está a impedir a S. Roque de manter o ritmo de crescimento com as marcas Roq e Roq Laser e as máquinas customizadas e de alta performance.
Em dois anos, o número de trabalhadores duplicou, para 400, e irá atingir agora 431.
A área industrial aumentou de 17 mil para 37 mil metros quadrados e o volume de negócios saltou de 25 milhões de euros para 39 milhões.
Este artigo é parte integrante da Exame de Junho de 2017