Se dúvidas houvesse sobre a importância do empreendedorismo na criação de empregos, um estudo do World Economic Forum (WEF) publicado em 2011 é bem elucidativo: apenas 1% das startups criaram 40% dos novos empregos a nível mundial.
Não surpreende por isso que, um pouco por todo o mundo, se esteja a fomentar o aparecimento de novos negócios inovadores como uma peça-chave da expansão económica e da luta contra o desemprego.
Incubadoras e aceleradoras de novas empresas inovadoras começaram a surgir em vários pontos do globo.
Portugal não fugiu à regra e também se tem vindo a assistir a uma verdadeira explosão do número de iniciativas públicas e privadas de apoio aos empreendedores de norte a sul do país.
Atingido o patamar da quantidade, tudo indica que se está agora a chegar a uma fase de seleção natural das iniciativas e da abertura ao mundo das mais sólidas.
“O empreendedorismo está na moda. Deu origem à proliferação de pequenos espaços em que alguns vão ter muita dificuldade em ter sustentabilidade e em acrescentar valor”, considera Carlos Oliveira, sócio gerente da consultora Leadership que tem colocado desde 2011 empreendedores portugueses num programa de aceleração no Silicon Valley (Califórnia).
Carlos Oliveira admite que o empreendedorismo local é importante porque cria e alcança resultados práticos de imediato, mas não dá origem a grandes projetos empresariais se não estiverem ligados a redes globais de empreendedorismo. Para que essas incubadoras e as empresas que nelas nascem “não se tornem demasiado paroquiais”, este responsável considera fundamental que aconteçam duas coisas: que esses centros se articulem entre si, se complementem e estabeleçam ligações internacionais com outros centros de empreendedorismo no Silicon Valley, em Xangai, São Paulo, Londres, Singapura”.
Para Carlos Oliveira, é preciso que os portugueses cooperem mais e se deixem de intrigas estéreis. “A economia em rede implica que criemos redes de confiança, complementaridade e articulação”,defende o managing partner da Leadership.
Foi para dar resposta a esta necessidade de criar uma rede de contactos internacional que a The Indus Entrepreneurs (TIE), organização da diáspora indiana que tem como missão fomentar o empreendedorismo, acaba de criar sua delegação portuguesa, colocando à disposição das empresas lusas a sua influente rede em 14 países através da qual proporciona mentoring e partilha de ideias.
O presidente da TIE, o multimilionário Gururaj Deshpande (veja caixa com entrevista) exorta os empreendedores portugueses a “pensar grande” por ser esse o caminho para a resolução da atual crise económica e para a criação de emprego.
Dá o exemplo que vem do outro lado do Atlântico: “Nos EUA nascem 500 mil empresas todos os anos. Muitas morrem, algumas tornam-se grandes e outras permanecem pequenas. Mas todas em conjunto são responsáveis pela criação de 4 milhões de novos empregos todos os anos”, sublinha.
E o fundador do Deshpande Centre for Technological Innovation no MIT (Massachusetts Institute of Technology), que já financiou mais de 90 projetos empresariais, também é da opinião que a solução está nas startups: “Por causa da globalização, as grandes companhias estão a perder empregos e são as pequenas que os criam. A questão é saber como podemos criar mais empresas-gazela, inovadoras e de rápido crescimento.”
Lisboa, Startup City do futuro
Colocar a capital portuguesa no mapa do empreendedorismo mundial e criar laços internacionais também tem sido a preocupação da Beta-i, Associação para a Promoção do Empreendedorismo. Esta organização sem fins lucrativos estabeleceu recentemente uma parceria com o Founder Institute, o maior programa de formação em empreendedorismo do mundo, que funciona como um acelerador de startups e uma rede de lançamento global de negócios.
Em apenas três anos de operação, já ajudou a lançar mais de 650 empresas em 30 cidades dos cinco continentes.
A iniciativa conjunta Beta-i e Founder Institute conta com o apoio da Optimus e da Caixa Geral de Depósitos e tem a duração de quatro meses. Funcionará em part-time, permitindo aos empreendedo res já existentes ou potenciais (incluindo quadros de empresas que queiram fazer o chamado intraempreendedorismo), “lançar a sua empresa de sonho num vasto leque de indústrias (por exemplo, media digitais e indústrias criativas, software, biotecnologia, tecnologias limpas, comércio online, publicidade, turismo, entre outras), recebendo formação de peritos, aconselhamento e apoio de líderes de empresas de sucesso. A primeira fase do programa Founder Institute tem um custo total de 750 euros, mas as 30 vagas disponíveis esgotaram rapidamente.
De referir também que o Beta-i, que em dois anos de existência deu origem ao lançamento de 35 startups, tem vindo a organizar diversos eventos de ligação ao Silicon Valley (por exemplo, Silicon Valley comes to Lisbon ou o TEDxEdges) que tem permitido trazer à capital portuguesa especialistas e investidores internacionais a uma cadência nunca vista.
Esta mesma necessidade de abertura ao mundo também foi sentida pela StartUp Lisboa, sedeada na Rua da Prata (que , curiosamente aloja nesta altura a Beta-i). Recentemente, esta iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, Montepio Geral e IAPMEI, estabeleceu acordos com incubadoras de Berlim e com a Associação Brasileira de Startups que congrega quase todas as incubadoras deste país da América do Sul. “Queremos que, em ambos os casos, possa haver intercâmbio de empreendedores com Lisboa”, diz João Vasconcelos, coordenador do StartUp Lisboa.
Por outro lado, este responsável refere que nas instalações da Baixa lisboeta estão hospedadas “empresas com perfil internacional” que, além de operações em Portugal, já exportam serviços e produtos para países como Espanha, França, Brasil, Estados Unidos, Chile, Índia, entre outros.” A estratégia de internacionalização desta incubadora de Lisboa não fica por aqui, uma vez que, dos 140 postos de trabalho criados pelas 40 empresas hospedadas no StartUp Lisboa, 25 são estrangeiras.
Isto sem esquecer que a presença de startups portuguesas em competições internacionais de empreendedorismo aumentou muito nos últimos tempos e algumas têm ficado nos primeiros lugares.
Uma visibilidade que permitiu a três startups ganharem o interesse de investidores estrangeiros. Uma outra, a Mobitto, especialista em redes sociais móveis para o retalho, terá Cristino Ronaldo como investidor e embaixador.
“A perceção de que Lisboa é uma ótima cidade para iniciar uma startup está a ganhar espaço a nível internacional. Os locais tradicionais (Londres e Berlim) têm preços de alojamento (habitação e escritórios) e de mão-de-obra proibitivos”, diz João Vasconcelos, que sonha “tornar Lisboa numa Startup City”. “É um processo que ainda está no início, em que a StartUp Lisboa é a semente. Nem 5% do total de coisas que temos pensadas aconteceram”, refere com entusiasmo o responsável pela StartUp Lisboa.
Integrar redes de contactos
Fora da capital portuguesa há igualmente outras iniciativas ligadas ao empreendedorismo que também são plataformas para o mundo. Por exemplo, a “histórica” NET – Novas Empresas e Tecnologias, o mais antigo BIC (Business Innovation Center) português em funcionamento, também coloca à disposição das empresas incubadas os serviços da rede pan-europeia de duas centenas de BIC (veja caixa). Outra iniciativa a ter em conta é a Aceleradora de Comercialização de Tecnologias (ACT) e a COHiTEC, iniciativas da COTEC Portugal – Associação Empresarial para a Inovação, desenhadas para abrir horizontes às startups envolvidas, já que têm o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e parcerias com a North Carolina State University e a Brown University. A ACT está na 10ª edição (tem um histórico de 106 projetos e criação de 16 empresas tecnológicas). A COHiTEC consiste numa ação de formação na qual participam equipas de investigadores, estudantes de gestão e executivos.
Igualmente relevante para a internacionalização de alguns empreendedores universitários portugueses tem sido a sua associação aos programas que se têm realizado nos últimos anos entre Portugal e as universidades americanas (Carnegie-Mellon, Austin e MIT).
Por exemplo, o Programa Carnegie Mellon Portugal, que entretanto foi prolongado por mais cinco anos, envolve nove universidades portuguesas (Aveiro, Coimbra, Nova de Lisboa, Católica Portuguesa, Lisboa, Madeira, Minho, Porto e Técnica de Lisboa), quatro laboratórios (INESC ID, INESC TEC, ISR – Instituto de Sistemas e Robótica e IT – Instituto de Telecomunicações), a Carnegie Mellon University e 80 empresas. Muitas dessas empresas são startups de alunos que beneficiam da rede de contactos desta prestigiada universidade americana.
O ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, em parceria com o MIT, também tem vindo a realizar concursos internacionais de empreendedorismo e inovação Building Global Innovators, em parceria com o Deshpande Center for Innovation e o The Martin Trust Center for MIT Entrepreneurship.
Também neste caso se procura abrir horizontes e internacionalizar as startups concorrentes.
Incubar resulta?
A criação de empresas inovadoras através de incubadoras não é um fenómeno novo em Portugal. Já tem quase três décadas e pode-se dizer que deu frutos porque levou à criação de empresas de sucesso que produzem riqueza, exportam produtos e serviços e criam postos de trabalho. Por exemplo, a Aitec, incubadora associada ao INESC, criada em 1987, foi responsável pelo lançamento e acompanhamento de mais de 55 empresas na área das tecnologias de informação (TI), eletrónica, serviços e conteúdos para internet que deram origem a perto de 3000 postos de trabalho. Muitas delas são referências no mercado nacional das TI como a Novabase ou Link, TecMic ou Bizdrect. E há outros nomes conhecidos do sector das TI como a IP Global, Megamedia ou a Sol-S que já desapareceram por terem sido vendidas, após terem proporcionado bons encaixes aos seus promotores.
Para Gururaj Deshpande, a integração de empreendedores em incubadoras ou aceleradoras é positivo e dá resultados a longo prazo. Mas insiste que é preciso massa crítica e faz uma analogia com o futebol.
“O empreendedorismo é como construir uma seleção de futebol de um país. Não se consegue ter uma boa equipa quando existem apenas centenas de praticantes, mas sim quando há muitos milhares.” Por isso, recomenda que “os sistemas de ensino de todos os países tenham empreendedorismo desde o ensino básico até ao universitário”.
Fazedores da mudança
Afinal, o que é ser empreendedor? Para o empresário de origem indiana, que começou a sua carreira nos anos 1970, “é pensar em novos serviços e produtos para tornar o mundo melhor”.
Acrescenta: “Quando nos deparamos com algo que não funciona bem, podemos questionar porque não fazemos de uma determinada maneira. É assim, aliás, que muitas vezes nasce uma ideia. Mas a ideia não basta, é preciso fazer acontecer, agir.
Contudo, conseguimos encontrar milhares de razões para não fazer. Mas, se quem teve a ideia for um verdadeiro empreendedor, então encontrará a maneira de fazer acontecer.” Por isso, defende que um empreendedor não pode ser conformista. “Uma sociedade não avança quando todas as pessoas estão acomodadas e pensam que não há nada que possam fazer. Tem de haver fazedores da mudança. Não se pode deixar que o entusiasmo desapareça”, exorta Gururaj Deshpande, ele próprio um empreendedor social e um filantropo, uma vez que lidera um projeto que dá 1,3 milhões de refeições por dia a crianças indianas pobres.
CRIAR NEGÓCIOS GLOBAIS
As iniciativas que mais apostam em criar redes de contactos internacionais
Accelerators
Iniciativa da Leadership Consulting leva trimestralmente dois empreendedores a um programa de aceleração na Califórnia.
ACT – Acelerador de Comercialização de Tecnologias
Iniciativa da COTEC Portugal que inclui o programa de formação COHiTEC em parceria com a FLAD.
Beta-i
Associação sem fins lucrativos para a aceleração de startups. Organiza vários eventos com investidores e especialistas internacionais em empreendedorismo.
Founder Institute
É uma das maiores incubadoras dos EUA. Chegou recentemente a Portugal pela mão da Beta-i para trazer as melhores práticas do Silicon Valley.
ISCTE
A escola superior de gestão de Lisboa tem uma parceria com o Deshpande Center for Innovation e o The Martin Trust Center for MIT Entrepreneurship. Tem vindo a realizar concursos internacionais de empreendedorismo e inovação.
NET
É o mais antigo BIC – Business Innovation Center português. Proporciona acesso à rede europeia de duas centenas de BIC.
StartUp Lisboa
Incubadora da Câmara Municipal de Lisboa, Montepio e IAPMEI, tem vindo a estabelecer parcerias com congéneres de outros países.
TIE – The Indus Entrepeneurs
Chegou recentemente a Portugal e proporciona acesso à rede da diáspora indiana de mentores e de apoio ao empreendedorismo em 14 países.
StartUp Pirates
Programa de aceleração para empreendedores da Universidade do Porto. Um primeiro passo para a criação de uma startup de base tecnológica é tirar partido da rede de contactos internacionais desta universidade.
INTERNACIONALIZAÇÃO
NET tira partido da rede europeia de Business Innovation Center
Verdadeiro precursor da atual explosão de incubadoras, a NET – Novas Empresas e Tecnologias é o mais antigo BIC (Business and Innovation Centre) português em funcionamento.
Nascida em 1987 (comemorou recentemente os 25 anos de existência), quando a União Europeia decidiu criar uma rede pan-europeia destes centros de apoio à criação de novas empresas, a NET manteve-se sempre fiel à missão de apoiar os negócios inovadores na região do Porto. “Ao longo destes anos já incubámos 120 empresas inovadoras ou de base tecnológica ligadas, muitas vezes, a universidades e politécnicos”, refere José de Almeida Martins, diretor-geral da incubadora instalada no Polo Tecnológico do Porto. “95% dos casos singraram, mas o caso de maior sucesso que nasceu na NET terá sido a Esotérica”, recorda. Uma marca conhecida nos anos 1990 por ter sido um dos principais prestadores privados de internet e que foi vendida num negócio milionário a uma multinacional americana, em 2000.
Além de disponibilizar espaço de escritório e os habituais serviços de apoio administrativos e logísticos (salas, auditórios), uma das principais mais-valias da NET face às outras incubadoras é a ligação internacional através da Associação da Rede Europeia dos BIC (EBN – European Business & Innnovation Centre Network), a maior rede pan-europeia não-governamental, que reúne mais de 200 entidades, BIC, incubadoras, centros de inovação e empreendedorismo em toda a Europa.
Ou seja, as empresas instaladas na NET podem acelerar o seu processo de internacionalização a nível europeu, uma vez que a organização liderada por José de Almeida Martins pode facilmente pedir, às suas congéneres europeias, informação sobre os mercados locais (estatísticas à medida), organizar reuniões com empresas ou centros de investigação nos países alvo, apoiar nas traduções, nos locais para reuniões, etc.. Ou pode ainda proporcionar, às empresas hospedadas, contactos com especialistas ou consultores nas áreas jurídica, propriedade industrial, fiscalidade ou recursos humanos dos mesmos países.
Além deste apoio à internacionalização dirigido às empresas em velocidade de cruzeiro, a NET também procura atuar a montante, começando pela tentativa de suscitar o aparecimento de novos negócios.
Para o efeito, criou um módulo de geração e maturação de ideias que antecede a criação do plano de negócios. “Pretendemos fazer uma avaliação das ideias, antes dos empreendedores darem os passos seguintes”, diz José de Almeida Martins, que está à frente dos destinos deste BIC do Porto desde 1997.”Fazemos o mentoring antes do negócio avançar e assumimos o papel de advogado do diabo junto do empreendedor”. Ao mesmo tempo, também procura dinamizar o aparecimento de projetos com potencial, através da organização de concursos de ideias em que os vencedores são apoiados gratuitamente na concretização da ideia em negócio. A NET também apoia as empresas em fase de pré-incubação na escolha da melhor solução de financiamento (Finicia do IAPMEI, microcrédito, business angel ou capital semente ou capital de risco), mas atualmente não entra no capital.
“Para os bons projetos nunca há falta de dinheiro”, diz José de Almeida Martins.
Entrevista
“É preciso pensar fora da caixa”
Gururaj Deshpande, presidente da TIE, explica como a diáspora indiana vai ajudar startups lusas
The Indus Entrepreneurs (TIE), organização da diáspora indiana que tem como missão fomentar o empreendedorismo, acaba de criar a sua delegação portuguesa, colocando à disposição dos empreendedores lusos a sua importante rede de contactos a nível internacional. O presidente da TIE, Gururaj Deshpande, que também é presidente da tecnológica Sycamore Networks e consultor de Barack Obama para as áreas de inovação e empreendedorismo, explica como Portugal pode tirar partido da rede TIE Global em 14 países.
Como é que a TIE vai ajudar os empreendedores portugueses?
Vai começar por identificar 15 a 20 empreendedores bem sucedidos e colocá-los à disposição de jovens empreendedores com bons projetos. E são integrados na rede internacional de 15 países onde existem TIE Chapters [delegações]. Esta rede estará disponível quando estas startups portuguesas quiserem tornar-se globais e precisarem de contactos e mentores noutras partes do mundo.
Que conselhos daria aos empreendedores portugueses?
Ser empreendedor é como ser boxeur. Ninguém aprende a lutar lendo livros. É preciso saltar para o ringue e pensar fora da caixa. Arrancar com um projeto é uma experiência solitária que deve ter o acompanhamento de outras pessoas, outros empreendedores, mentores…
Em que áreas devem apostar?
Antes de mais, é preciso criar massa crítica, ter muita gente a tentar. As áreas que sugiro são válidas para os Estados Unidos ou Espanha. Por exemplo, nanotecnologia, tecnologias de informação, energias alternativas e ciências da vida. Não faria sentido ter um único desígnio do género: apostar tudo num tratamento para o cancro. E seria importante que Portugal tivesse duas ou três companhias a dar cartas no mercado mundial. Quando temos grandes jogadores ou grandes equipas de futebol, há mais jovens a querer imitar…
O que é preciso fazer para que as empresas inovadoras cresçam?
São precisas quatro coisas: uma boa ideia, um bom empreendedor, um bom mentor e capital. A grande questão é como ligar a ideia ao mercado. Temos de juntar os pensadores e os fazedores para que as ideias tenham impacto social e económico. Esta foi uma fórmula que utilizámos no MIT e que foi adotada pelo NSF (National Science Foudation). Portugal pode fazer algo semelhante, tanto mais que tem relações institucionais com o MIT. Os professores e investigadores portugueses fazem um bom trabalho, mas deveriam ter uma ligação mais estreita ao mercado. Caso contrário, podem tornar-se num clube afastado da realidade e as ideias inovadoras acabam por não ter qualquer impacto. Quando me tornei empreendedor nos anos 70, nos Estados Unidos, era um tema pouco divulgado. Hoje, ser empreendedor pode ser uma carreira: pode-se tentar um projeto, falhar e partir para outro.
Este artigo é parte integrante da edição 345 da Revista EXAME