Desde as sete da manhã de 1 de janeiro que não há gás russo a abastecer a União Europeia por gasoduto, com a Ucrânia a cumprir a promessa de não revalidar o contrato que permite a passagem de gás pelo seu território. É um excelente início de ano.
(Há uma exceção: a Hungria de Órban, aliado de Putin, continua a receber gás pelo TurkStream, ligado à Turquia através do mar Negro, acentuando a sua posição de pária da UE.)
Durante anos, o Kremlin usou a energia como arma de chantagem, para tentar manter a União Europeia controlada – arma essa que os europeus, com a Alemanha à cabeça, ajudaram a carregar, pondo-se alegre e ingenuamente nas mãos de um regime neofascista, controlado por um déspota. Esses dias finaram-se de vez. Resta a Putin e seus esbirros acenarem com os mísseis supostamente imparáveis e fazer as costumeiras ameaças ocas de ataques nucleares, que já não provocam mais que ligeiros arqueios de sobrancelhas.
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