No início deste século, o então ministro da Administração Interna, Nuno Severiano Teixeira, terá chegado a reunir com os responsáveis dos três canais generalistas (RTP, SIC e TVI) para tentar promover um acordo para regular ou moderar a cobertura dos incêndios.
As chamas, quase sempre a bailar sobre o manto negro da noite, enchiam longos segmentos dos telejornais em horário nobre, proporcionando um espetáculo simultaneamente belo e terrífico, que fascinava, prendia a atenção do espectador, e muitas vezes levava a impulsos de imitação, que, nos dias e semanas seguintes, prolongavam e estendiam os dramas vividos por populações e territórios.