Não fosse a última saraivada presidencial e António Costa continuaria a estar na política naquele registo de “nacional-porreirismo” (expressão, salvo erro, cunhada pelo comentador Marcelo Rebelo de Sousa). Assim como não havia qualquer problema com o visionário ex-autarca Miguel Alves, também não se vislumbrava nada de especial com Alexandra Reis e, muito menos, com Carla Alves. “Casos e casinhos” foi a expressão encontrada pelo primeiro-ministro para desvalorizar a humidade que começava a aparecer no seu governo.
É a esta humidade que o populismo, na sua condição de bolor da Democracia, vai buscar alimento para se espalhar pelas paredes. Na última passagem pelo Palácio do Planalto, Lula da Silva deixou um rasto de “casos e casinhos”, os quais ficaram sem uma atempada resposta política do PT, deixando tudo nas mãos de um sistema judicial que, tal como em Portugal, é incapaz de resolver o que quer que seja em tempo útil. Isto fez com que o bolor chegasse rapidamente ao estado de mofo, destruindo por dentro e por fora a democracia brasileira.