Esta é, provavelmente, uma das expressões que mais se ouviu nas últimas semanas. Na maratona de debates e nas infindáveis horas de comentários, foram incontáveis as vezes que candidatos, jornalistas, comentadores e demais opinadores fizeram questão de dizer e explicar às “pessoas lá em casa” quais são as ideias, as vontades, as convicções e as aspirações das “pessoas lá em casa”. Acontece que aquilo que “as pessoas lá em casa” pensam e querem só se vai saber, realmente, no momento em elas saiam “lá de casa” e o expressem nas urnas. É precisamente nesse momento definidor, nesse instante em que cada um de nós tem, efetivamente, uma voz e uma palavra a dizer, que estamos a entrar. Muitas centenas de milhar (não tantos quantos se esperava) já o fizeram ontem, utilizando a possibilidade para exercer o voto antecipado e em mobilidade. Nos próximos dias 25 e 26 de janeiro (amanhã e depois, portanto), decorrerá a recolha dos boletins, porta a porta, em casa de quem está confinado ou em lares de idosos e que se inscreveu para o efeito até às 23h59 de ontem. Finalmente, no próximo domingo, caberá ao resto dos eleitores mostrar, através do seu voto, aquilo que querem, de facto, “as pessoas lá em casa”.
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