A seguir a França, Itália torna-se o segundo país europeu a proibir os supermercados de desperdiçarem a comida que não tenha sido vendida.
Embora o objetivo seja o mesmo, evitar o desperdício alimentar, a leia francesa prevê a aplicação de uma multa aos supermercados que deitem comida fora, enquanto a italiana aposta na premiação dos que fizerem doações alimentares.
A medida vai diminuir a burocracia existente no sistema italiano. Atualmente, um estabelecimento que queira fazer uma doação de alimentos tem de avisar com mais de um mês de antecedência a sua intenção e deve declarar essa doação. A nova lei pretende incentivar as doações, agilizando o processo, além de atribuir benefícios fiscais a quem os fizer.
A lei contempla, ainda, 17 artigos que pretendem alterar a regulação sobre segurança alimentar, permitindo a doação a organizações de caridade de alguns alimentos mesmo depois de ultrapassado o prazo de validade.
O desperdício de alimentos custa ao estado italiano cerca de 12 mil milhões de euros por ano. “Consegue-se recuperar atualmente 550 milhões de toneladas de alimentos, por ano, mas queremos atingir o dobro em 2016”, afirmou o ministro da Agricultura italiano, Maurizio Martina. De agora em diante, o lema será “doar em vez de desperdiçar”.
Em Portugal, calcula-se que cerca de um milhão de toneladas de alimentos sejam desperdiçados por ano. No entanto, e enquanto não existe uma lei semelhante, existem várias organizações que se encarregam da redução do desperdício alimentar como é o caso da Re-Food, do movimento Zero Desperdício e do projeto Fruta Feia.
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