A maestrina Joana Carneiro escreve sobre “dar de beber a quem tem sede”, o humorista José Diogo Quintela tenta consolar os aflitos e o cronista Henrique Raposo sobre como ter “paciência com as fraquezas do nosso próximo”.
Estes são três exemplos das histórias reunidas no livro As 14 Obras de Misericórdia agora lançado pela Alêtheia Editores, com prefácio do Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos.
O jornalista Júlio Magalhães, o ator Rúben Gomes o ex-jogador de futebol Vítor Baía ou o ativista pela inclusão social Johnson Semedo, que depois de dez anos de prisão fundou uma academia para evitar que outros jovens repitam o seu percurso (recorde a sua história), são outros dos autores que contribuíram para o livro, escrevendo sobre diferentes atos de misericórdia.
Na apresentação do livro, no Porto, D. António Francisco dos Santos referiu que a originalidade da obra reside na “ideia de ter ido procurar pessoas fora do âmbito restrito da Igreja, independentemente do seu testemunho cristão, da sua vida ou da sua prática religiosa, para lerem e traduzirem para o nosso tempo, em linguagem vivida por eles, aquilo que pensam sobre cada uma das obras de misericórdia”.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, António Tavares, que escreve a introdução do livro, considerou os testemunhos reunidos “um apelo à mobilização da sociedade”.
“É evidente que este livro também pretende dizer às pessoas que nos leiam que olhem para isto, vejam que vale a pena ser voluntário, faz sentido dar o vosso contributo a quem está doente ou a quem está sozinho”, defendeu António Tavares.
O livro será apresentado em Lisboa hoje, às 18h30, na Sala do Brasão do Museu do S. Roque. Além do presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes, também estará presente o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que irá discursar sobre a obra.