A PSP está a distribuir pulseiras “com códigos de identificação” para ajudar a encontrar pessoas, principalmente idosos ou pessoas com problemas de orientação, ao abrigo do programa “Estou Aqui”, que já existe há quatro anos para crianças.
Na primeira fase do programa, que se prolonga até 31 de maio de 2016, vão estar abrangidas as pessoas ligadas às entidades parceiras da Polícia neste projeto, ou seja, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Fundação Liga, Associação Alzheimer Portugal e entidades envolvidas no Programa Significativo Azul da PSP.
O porta-voz da PSP, subintendente Paulo Flor, disse à agência Lusa que o programa “Estou Aqui Adultos” vai funcionar até maio numa fase experimental, estando inicialmente previsto a distribuição de cinco mil pulseiras.
Paulo Flor adiantou que qualquer adulto pode pedir a pulseira, não necessitando de sofrer de qualquer tipo de patologia, apesar de ser mais dirigida a idosos ou pessoas com deficiência ou alzheimer.
O porta-voz da Polícia de Segurança Pública afirmou que o programa foi alargado aos adultos, tendo em conta as muitas situações que a PSP encontra, sobretudo durante a noite, de pessoas desorientadas na via pública.
Segundo a PSP, “trata-se de um projeto inovador que pretende proporcionar uma mais fácil identificação de pessoas que sofram algum tipo de desorientação na via pública, ainda que momentânea, e um reencontro célere com os familiares ou amigos indicados na inscrição”.
O programa “Estou Aqui” foi usado nos últimos quatro anos com crianças, sobretudo nos meses de verão, alcançando este ano, as mais de 50 mil pulseiras distribuídas.
Para aderir ao projeto, é necessário fazer uma pré-inscrição na página do programa, seguir os passos indicados e levantar a pulseira na esquadra selecionada após entrega de termo de responsabilidade assinado.
A PSP indica que os utilizadores têm acesso a uma pulseira de tom neutro, sem qualquer inscrição ou logotipo, na qual será aposta uma pequena chapa metálica com um código alfanumérico, para salvaguardar a privacidade e os dados pessoais da pessoa em causa.
Paulo Flor garantiu que todo o processo recebeu uma autorização formal da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD).
De acordo com aquela força de segurança, cada pulseira “é única”, sendo atribuída a cada uma um número diferente que, apesar de ser percetível, só pode ser lido pela PSP, através da base de dados.
“Qualquer pessoa que verifique outra com sinais evidentes de desorientação e a necessitar de auxílio na via pública deverá ligar o número de emergência (112) e dar indicação do local onde se encontra podendo, caso verifique a existência da pulseira, indicar desde logo o código da mesma, sendo de imediato acionado um carro patrulha para o local para garantir a segurança da pessoa e, em simultâneo, a PSP entrará em contato com os familiares ou amigos da pessoa encontrada para informar o seu paradeiro”, refere ainda a Polícia.