O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Francisco Cavaleiro Ferreira, apelou para que não sejam feitas mais doações de cabelo, explicando à Lusa que a instituição já não precisa, pelo que as pessoas “não necessitam de o cortar só com o objetivo de doar”.
Por já não serem aceites doações no país, os portugueses estão a enviar o cabelo para instituições internacionais como ‘Little Princess Trust’, no Reino Unido, e ‘Locks of Love’, nos Estados Unidos da América, que apoiam crianças que sofrem de cancro e perdem o cabelo devido aos tratamentos.
Impedida de doar em Portugal, Joana Correia, de 22 anos, de Guimarães, optou por doar à instituição ‘Little Princess Trust’, que aceita todo o tipo de cabelo, inclusive cabelos com coloração, desde que sejam tons reais, exigindo o comprimento mínimo de 17 centímetros.
As cabeleiras produzidas com o cabelo de doações não vão curar as crianças com cancro, desabafou Joana Correia, acreditando que “podem ajudar em outros níveis, garantindo que não se sentem diferentes de qualquer outra criança, e podem servir como forma de encorajamento para que nunca desistam e tenham sempre esperança que os tratamentos vão resultar”.