Preocupação das câmaras municipais, juntas de freguesia e associações de pais, estas refeições integram programas de atividades lúdicas para apoiar as crianças carenciadas, assim como para apresentar alternativas para muitos pais que por motivos profissionais não podem ficar com os filhos.
“Temos consciência de que [no caso de] muitas das crianças a única refeição completa saudável que comem ao longo da semana provavelmente é aqui”, contou à agência Lusa a coordenadora do programa “Olivais em férias”, Sónia Vaz, enquanto mantinha a ordem no refeitório da Escola Básica Arco Íris, na freguesia dos Olivais, em Lisboa.
Segundo a vogal com o pelouro da Educação na Junta de Freguesia dos Olivais, Anabela Silva, era uma necessidade “ocupar as crianças durante o verão todo”, mantendo quatro escolas abertas, onde decorrem algumas das atividades de ocupação do tempo livre e onde são cedidas as refeições.
No mês de julho, este programa de férias acolheu “cerca de 890 crianças nas quatro escolas, todos os dias”, informou a autarca, referindo que em agosto participam 460 crianças. Em setembro espera-se muito mais, porque os pais regressam de férias.
À semelhança do que acontece na freguesia dos Olivais, a Câmara de Sintra abre os refeitórios escolares para todas as crianças, servindo “cerca de 250 mil refeições durante o período das férias”, afirmou à Lusa o vereador da Educação, Rui Pereira.
De acordo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a abertura das cantinas durante o período de verão “é um esforço e uma iniciativa dos municípios, que vão além das suas competências para apoiar as famílias mais carenciadas”.