Apesar de ter apenas 14 anos, Diogo Lopes sabe bem o que quer. Começou por lançar um livro de poesia, da sua autoria, no final do ano passado e usou as receitas para fundar a Associação Portuguesa Charcot-Marie-Tooth (APCMT), formalmente apresentada no final do mês de setembro.
Diogo, ele próprio, portador de Charcot-Marie-Tooth (CMT), uma doença degenerativa neuromuscular, pretende que a associação que, agora, criou seja um ponto de encontro para outras pessoas que sofrem da mesma condição, assim como para os seus familiares e amigos.
A CMT, também conhecida como atrofia fibular muscular, é uma doença de origem genética que afeta os nervos periféricos que ligam a espinal medula aos músculos. A doença provoca a atrofia muscular dos membros e problemas ortopédicos. A fisioterapia é a forma mais eficaz de garantir a qualidade de vida dos portadores desta doença crónica.
Diogo é estudante de música na Escola de Música do Conservatório Nacional e pianista na Orquestra Big Band Júnior do Hot Clube – o jovem presidente Honoris Causa da APCMT e o seu duo de jazz, os Major7, atuaram, inclusivamente, na sessão de apresentação da associação.
Para angariar fundos, a recém-criada Associação Portuguesa Charcot-Marie-Tooth organizou uma exposição no Largo do Café Estúdio, no Largo do Intendente, em Lisboa, (entretanto já terminada) com obras de ilustradores, pintores, fotógrafos e outros artistas, em que 50% das receitas da venda das obras revertia para a APCMT e a outra metade para uma organização de apoio a autistas.