Criada há seis meses, a rede é uma iniciativa da Confederação Nacional das Associações de Famílias (CNAF) – composta por cerca de 150 associações, entre instituições de solidariedade social e autarquias -, e conta com especialistas que tentam dar “uma resposta célere e eficaz” na resolução do sobre-endividamento das famílias.
Quando contactam a rede as famílias já estão numa situação de sobre-endividamento: “Já gastaram todas as suas poupanças, já arrastaram os familiares para o seu problema, pedindo-lhes dinheiro emprestado”, e têm penhoras nos vencimentos, adiantou Hélder Mendes.
Dados da SOS Famílias Endividadas referem que foram resolvidos 80 casos, dos quais 52 tiveram como solução a re-estruturação da dívida por via judicial e 28 a insolvência. Quase a totalidade (90%) das 835 famílias que recorreram à SOS Famílias Endividadas recusaram-se a avançar com o processo de re-estruturação da dívida ou a insolvência por preconceito e vergonha, disse à agência Lusa o diretor da rede.
Relativamente aos casos de insolvência, Hélder Mendes disse entender que “as pessoas não queiram perder os bens, embora não haja outra solução”, mas no caso da negociação dos créditos, as pessoas mantêm os bens e podem reduzir as mensalidades para cerca de metade.
Mais de um quarto dos pedidos foi oriundo do distrito de Lisboa (219), seguindo-se o do Porto (158), Setúbal (114), Aveiro (40), Braga e Santarém (ambos com 37), Faro (36), Coimbra (31) e a Madeira (30).