Há quase dez anos que Filipe Lopes, 37 anos, leva a literatura às prisões portuguesas. A Poesia Não Tem Grades é o nome do projeto que o ajuda a motivar os reclusos para a leitura e a contribuir para a alteração do seu comportamento, tendo em vista a integração social.
Desde setembro que Filipe Lopes está à procura de voluntários interessados em intervirem socialmente através da expressão artística. Começou por dar formação em Bragança, Elvas, Grândola, Lamego e Ponta Delgada. Agora, chegou a vez da grande Lisboa receber o projeto Palavra-Chave.
A próximas sessões de formação realizam-se a 19, 20 e 21 de dezembro na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana.
A inscrição é gratuita, mas limitada às vagas existentes e podem ser feitas na biblioteca ou no blog do projeto.
Com a ajuda de uma psicóloga, Filipe Lopes (também formado em psicologia) vai ajudar os voluntários a descobrirem as suas motivações e a compreenderem a dinâmica de um espaço como uma prisão e o comportamento dos reclusos.
Mais tarde, o divulgador cultural irá acompanhar cada formando nos seus próprios projetos de intervenção, até que ganhem autonomia.
Ao mesmo tempo que dá formação, Filipe Lopes continua a realizar sessões de leitura em estabelecimentos prisionais (EP). Dia 16 estará em Aveiro, a 18 no EP da Polícia Judiciária de Lisboa, a 19 nas Caldas da Rainha e em Alcoentre a 20.
O projeto Palavra-Chave foi um dos vencedores do programa EDP Solidária deste ano e é desenvolvido em parceria com a Direção Geral da Reinserção e dos Serviços Prisionais.
Leia a reportagem sobre o projeto A Poesia Não Tem Grades, de Filipe Lopes.