Os portugueses vivem espalhados pelo mundo. Alguns deles são músicos que tiveram de levar a sua arte para lá das fronteiras nacionais. O pianista Dinis Sousa é um deles. Está em Londres há seis anos e, apesar da vontade de voltar a Portugal, não quer desistir da carreira na capital britânica.
O sonho de manter a ligação aos dois países foi o ponto de partida para a Orquestra XXI, o projeto vencedor do concurso FAZ – Ideias de Origem Portuguesa, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian e a Associação Empresarial para a Inovação (COTEC).
Dinis Sousa contou com a ajuda dos amigos Diana Ferreira, Ricardo Gaspar e João Seara para desenvolver a ideia. Inicialmente, a ideia era juntar músicos portugueses residentes no estrangeiro para trabalharem juntos na Orquestra XXI. Entretanto, o projeto cresceu e tornou-se mais ambicioso: os músicos vão partilhar as suas experiências e conhecimento adquiridos no estrangeiro com academias, escolas e conservatórios nacionais.
Os jovens estudantes de música serão convidados a ensaiarem com a Orquestra XXI e, até, a participarem em alguns concertos.
A estreia da Orquestra está agendada para dia 4 de setembro na Casa da Música, Porto. Neste primeiro concerto só vão participar os cerca de 50 músicos profissionais que integram o grupo inicial. Também fazem parte da agenda o Centro Cultural de Belém, Lisboa; Mosteiro de Tibães, Braga e o Mosteiro da Batalha, mas as datas ainda não são conhecidas.
Fazem parte do alinhamento músicas dos compositores Fernando Lopes-Graça, G. Mahler e J. Brahms. Além de uma nova obra de Manuel Durão composta para a Orquestra XXI.
Outro dos objetivos do projeto é criar novos públicos para a música erudita em Portugal. A conquista será feita através da “excelência do projeto”.
As atividades iniciais do grupo serão financiadas pelos 25 mil euros atribuídos pelo prémio FAZ.
Em 2.º lugar, com um prémio de 15 mil euros, ficou o projeto Fruta Feia, que pretende reaproveitar as frutas e legumes que não entram no circuito comercial devido às normas europeias de normalização. O último lugar do pódio (10 mil euros) foi atribuído ao Rés-do-chão, que irá investir em funções alternativas para o comércio tradicional para dinamizar as cidades.
A Orquestra XXI pretende ser um projeto com continuidade e já anunciou a intenção de voltar a reunir-se na Páscoa de 2014.![img7484-d052](https://images.trustinnews.pt/uploads/sites/5/2019/11/6423540img7484-d052.jpeg)
Três dos promotores da Orquestra XXI: Diana Ferreira, João Seara e Dinis Sousa (da esq. para a drt.)
Créditos: DR
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