A água que a chuva permitiu armazenar nas barragens do Algarve são suficientes para “quase três anos de consumo” da região, segundo o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e ainda sem ter em conta a passagem esta semana da depressão Martinho.
“Esta situação permite-nos trabalhar com alguma tranquilidade na execução dos projetos em curso para dar maior resiliência à região”, disse Pimenta Machado à agência Lusa, referindo-se à construção da central de dessalinização no concelho de Albufeira, à obra de captação de água no Pomarão, no concelho de Mértola, no Alentejo, e à construção de uma conduta até à albufeira de Odeleite, no concelho de Castro Marim, no Algarve. Quanto ao Barlavento (oeste) algarvio, está a ser estudada uma ligação, via Santa Clara, no Alentejo, “para dar uma maior resiliência” a esse lado do Algarve. Outros projetos em curso incluem o estudo da eventual construção da barragem de Alportel ou do projeto para a nova barragem de Foupana.
Produção de energia eólica no país atinge novo máximo histórico na quarta-feira
A produção de energia eólica, por seu lado, atingiu novos máximos históricos na quarta-feira.
Segundo a REN – Redes Energéticas Nacionais, na quarta-feira, “a produção total diária atingiu os 112,4 GWh, batendo os 110,3 GWh registados a 24 de novembro de 2024”. Em comunicado, o organismo acrescenta que “a depressão Martinho permitiu ainda uma nova potência eólica máxima de 5.080 MW, às 12:15, ultrapassando os 5.034 MW obtidos às 13:45 de 29 de fevereiro de 2024”.
A produção eólica registada na quarta-feira abasteceu 56% do consumo de eletricidade que se verificou no País.