Entra esta segunda-feira em funcionamento a fase piloto do novo modelo das urgências de Obstetrícia e Ginecologia, que “será reavaliada dentro de três meses”, segundo o Ministério da Saúde. Nesta primeira fase, estão abrangidas as grávidas da Região de Lisboa e Vale do Tejo, incluindo o Hospital Distrital de Leiria, que terão de ligar para a Linha SNS Grávida antes de recorrerem à urgência hospitalar.
Todas as grávidas têm de ligar para a Linha SNS Grávida antes de se dirigirem às urgências?
Para já, apenas as grávidas da Região de Lisboa e Vale do Tejo. O Hospital Distrital de Leiria também está incluído nesta primeira fase. O projeto-piloto poderá abranger ainda outros hospitais de diferentes regiões que manifestem interesse em participar, desde que preencham determinados requisitos.
O que devem as grávidas fazer?
Ligar para o 808 24 24 24.
E se uma grávida se dirigir simplesmente ao hospital?
À porta das urgências de Obstetrícia e Ginecologia estarão cartazes a informar desta necessidade de pré-triagem telefónica, indicando que apenas serão atendidas exceções.
Quais são, então, as exceções?
Situações com forte suspeita de poderem representar risco iminente de vida, designadamente a perda de consciência, convulsões, dificuldade respiratória, hemorragia abundante, traumatismo grave ou dores muito intensas.
Por quem é feita esta pré-triagem?
A pré-triagem telefónica deverá ser feita preferencialmente por enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica, indica a portaria publicada na sexta-feira em Diário da República. Os hospitais poderão adicionalmente criar uma pré-triagem telefónica própria, em articulação direta com a linha SNS Grávida/Ginecologia.
A ideia é alargar o sistema a todo o País?
Sim, conforme indica a tutela em comunicado, “ao final de três meses haverá lugar a uma avaliação do impacto, para que o plano possa ser estendido a todo o País”. Já a partir de janeiro, as ULS da Península de Setúbal (Almada-Seixal, Arco Ribeirinho e Setúbal) vão também aderir.