Entre o tempo em que era normal abandonar o cão à beira da estrada ou maltratá-lo – coisa que ainda é, infelizmente, muito vista, mas pelo menos já moral e legalmente condenável – e os dias de hoje, em que temos a marca Dolce & Gabbana a lançar o perfume Fefé, para cães, pela módica quantia de 99 euros, algo que já motivou alertas dos ativistas em prol da causa animal, muito se aprendeu sobre a vida secreta dos nossos bichos.
A abordagem é toda outra, começando pela linguagem. Se, no passado, a ênfase era colocada na linguagem humana, tentando que os animais a aprendessem – e muitas experiências foram feitas, até criando e educando símios como se fossem crianças humanas, na esperança de que adquirissem a nossa linguagem –, hoje, com as ferramentas da Inteligência Artificial e da Big Data, a ideia é decifrar os sons de cada espécie e tentar perceber o que comunicam e como pensam.