A capital da Áustria, Viena, foi considerada a melhor cidade do mundo para se habitar pelo terceiro ano consecutivo. A cidade ocupa o primeiro lugar no índice de 2024 do EIU – Economist Intelligence Unit. O relatório, que tem por objetivo mostrar o grau de habitabilidade de várias cidades mundiais, baseia-se em cinco categorias – estabilidade, cuidados de saúde, cultura e ambiente, educação e infraestruturas – para determinar as melhores 173 cidades a nível mundial para se viver. Para além de Viena, no topo da tabela encontram-se mais duas cidades europeias.
Apesar de Viena ter alcançado este ano o resultado perfeito – de 100 pontos – nas categorias de estabilidade, saúde, educação e infraestruturas, os responsáveis pelo estudo apontaram que a cidade “tem espaço para melhorar” em áreas como a cultura e o ambiente. Já as cidades de Copenhaga (Dinamarca), e Zurique (Suíça) ocupam o segundo e terceiro lugar, respetivamente da tabela.
De acordo com o Índice Global de Qualidade de Vida, a Europa Ocidental é a região com melhor habitabilidade a nível mundial, obtendo uma classificação global de 92 em 100 – uma descida face ao ano passado provocada pelo aumento de protestos e da criminalidade. Já a América do Norte obteve uma média de 90,5 pontos em 100, sendo considerada a segunda melhor região.
Quatro cidades da Ásia-Pacífico também se destacaram nas primeiras dez posições da tabela. Melbourne e Sydney (Austrália), Osaka (Japão), e Auckland (Nova Zelândia) foram apontadas como as melhores cidades para se viver nesta parte do mundo. Já a cidade de Hong Kong, no Japão, registou a maior subida este ano, tendo subido para posição número 50 (a cidade ocupava a 61ª posição em 2023). “Embora ainda não tenha voltado às pontuações anteriores a 2019, o cenário político de Hong Kong [estabilizou], com os riscos de perturbações decorrentes de protestos em massa agora insignificantes”, lê-se no relatório.
Segundo o estudo, a pontuação média da qualidade de vida em várias cidades terá aumentado ligeiramente em 2024, apesar de novas condicionantes como conflitos geopolíticos, agitação civil e crises imobiliárias. “O Índice de Qualidade de Vida da EIU aumentou ligeiramente no último ano. Os declínios na estabilidade e na infraestrutura em várias cidades nas economias avançadas foram compensados por melhorias estruturais na saúde e na educação em várias cidades nos mercados em desenvolvimento”, pode ler-se. A categoria “estabilidade” registou o maior declínio entre as categorias, devido ao aumento das novas condicionantes bem como pela instalação de uma nova crise imobiliária e aumento da criminalidade.
As 10 cidades mais habitáveis do mundo:
- Viena, Áustria (1)
- Copenhaga, Dinamarca (2)
- Zurique, Suíça (3)
- Melbourne, Austrália (4)
- Calgary, Canadá (5)
- Genebra, Suíça (5)
- Sydney, Austrália (7)
- Vancouver, Canadá (7)
- Osaka, Japão (9)
- Auckland, Nova Zelândia (9)
As 10 cidades piores cidades para se habitar no mundo:
Já no fim da tabela, a cidade de Damasco, na Síria, permanece como a pior cidade para se viver em 2024. Outras cidades, como Trípoli (Líbia) e Argel (Argélia) foram consideradas os piores locais para se viver das 173 cidades analisadas. As últimas posições do ranking são ocupadas por cidades da África Subsariana e das regiões do Médio Oriente e Norte de África. A cidade de Telavive (Israel) foi a que apresentou uma maior descida – de 20 lugares – obtendo 112.º lugar graças à realidade de guerra que vive desde outubro de 2023. Também Kiev, na Ucrânia, ocupa a lista dos lugares menos habitáveis do mundo, ocupando a posição número 165.
- Caracas, Venezuela (164)
- Kyiv, Ucrânia (165)
- Porto Moresby, Papua-Nova Guiné (166)
- Harare, Zimbabué (167)
- Daca, Bangladesh (168)
- Karachi, Paquistão (169)
- Lagos, Nigéria (170)
- Argel, Argélia (171)
- Trípoli, Líbia (172)
- Damasco, Síria (173)