Ainda a porta não abriu e já está gente à espera na Rua da Quinta do Loureiro. Antes das dez da manhã, são perto de uma vintena, na maioria homens, entre os 40 e os 50 anos. Chegam a pé, subindo as escadas desde a Avenida de Ceuta, descendo a encosta pela Rua Costa Pimenta ou surgindo dos recantos e escadarias do bairro Quinta do Loureiro – um dos vários criados aquando da reconversão do Casal Ventoso, em 1999.
Lá dentro, no Serviço de Apoio Integrado (SAI) da associação Ares do Pinhal, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de apoio psicossocial preparam as salas – uma onde os utentes se podem injetar, outra para irem fumar –, bem como mantimentos para o pequeno-almoço dos toxicodependentes, ali tratados como doentes e não como delinquentes.