Figura mítica do departamento da Polícia de Colorado Springs (Colorado), nos Estados Unidos da América, o tenente Joe Kenda conduziu a investigação a quase quatro centenas de homicídios, ao longo da sua carreira. Já na reforma, ganhou fama mundial graças às séries de TV e livros publicados, em que relata, num tom inconfundível, os casos que viveu por dentro. Em Portugal, as aventuras de Kenda podem ser acompanhadas na antena do ID, canal de crime real do grupo Warner Brothers Discovery, disponível na grelha da MEO e da NOS. Em dezembro, prevê-se o regresso do programa American Detective with Joe Kenda. Em entrevista à VISÃO, o ex-detetive recorda um percurso assente em três mandamentos: “Não perdoar, nunca esquecer e jamais desistir.”
Porque escolheu dedicar a vida a investigar homicídios?
Interessava-me muito por crimes e queria tentar perceber as razões que levam as pessoas a cometê-los. Depois, quando cheguei à polícia, pensei que, se aquela iria ser a minha vida, o melhor seria dedicar-me a resolver os crimes mais graves, que são os homicídios. Queria, principalmente, perceber se tinha capacidade para fazer este trabalho, se conseguia ganhar esta luta contra criminosos que decidem matar outra pessoa. Ninguém está autorizado a fazer o papel de Deus, ninguém pode decidir quem vive ou quem morre… Quando alguém matava outra pessoa, eu levava sempre a situação para o lado pessoal e perseguia o autor do crime até ao fim. Para ter sucesso neste trabalho, é precisa muita habilidade, mas também é importante nunca desistir.