A introdução de manuais escolares digitais, uma das medidas do programa dos socialistas para o setor da Educação, estava prevista já para este ano letivo que agora se inicia. Em entrevista à VISÃO, que esta semana foi publicada na edição em papel da VISÃO, o ministro João Costa revela por que motivo decidiu não avançar com a introdução imediata de manuais escolares em vários níveis de ensino, mantendo-se no entanto o projeto-piloto que, em 2023, já abrangerá 21 mil alunos.
“Estamos a ir com muitas cautelas nessa medida”, justifica João Costa, ao mesmo tempo que explica que o projeto-piloto vai permitir identificar os vários pontos críticos (de que o primeiro ciclo é o melhor exemplo). “É importante não haver precipitações”, defende o ministro à VISÃO, acrescentando estar atento à investigação que tem vindo a ser produzida sobre o assunto e às experiências realizadas noutros países europeus.
Na entrevista à VISÃO, o governante anuncia ainda que a reutilização dos manuais escolares do primeiro ciclo vai terminar já no ano letivo de 2024/2025. “Avaliámos as taxas de reutilização desses manuais e vimos que não valia a pena, que esses anos tinham taxas de reutilização baixíssimas. Portanto, no próximo ano letivo, já não será preciso entregar estes manuais”, anuncia João Costa.