Estudos têm, ao longo dos anos, concluído que ter irmãos é benéfico por vários motivos, referindo, por exemplo, que pode tornar-nos mais altruístas, sociáveis e felizes, no geral. Agora, uma nova investigação acredita que não ser filho único pode, também, evitar que se passe por um divórcio mais tarde.
Os investigadores, do departamento de sociologia da Universidade de Ohio, nos EUA, analisaram milhares de casamentos na China, sendo que mais de 90% dos participantes nasceram antes do início da política do filho único na China, em 1978.
Depois, compararam as taxas de divórcio com a dimensão das famílias, concluindo que, por cada irmão adicional, a probabilidade de haver um divórcio diminuiu em até 11%. A equipa explicou que isto se deve ao facto de que as grandes família fazem-nos aprimorar as nossas capacidades sociais e outras caraterísticas importantes que ajudam a manter um casamento ao longo dos anos, como a resiliência.
“Os relacionamentos entre irmãos costumam ser íntimos e cheios de emoções positivas e negativas”, explicam os investigadores, num relatório sobre as conclusões do estudo, publicado no Journal of Family Issues, acrescentando que este tipo de relações funciona como um “ensaio” do que pode vir a acontecer entre casais.
A equipa acrescenta ainda que os irmãos “fornecem uma oportunidade única para desenvolver a capacidade de compreender as emoções de outras pessoas, aprender a controlar a raiva e resolver conflitos”.