A viver em Londres há uma década, onde se divide entre o treino, a competição e o trabalho em part-time, num restaurante, Vanessa Marina, 30 anos, tornou-se conhecida ao vencer a final da Red Bull BC One, no Reino Unido, em 2019. O momento está registado numa das paredes da sua casa, junto de outros troféus que fazem lembrar as competições por que já passou e que a levaram a 15 países. “Em Portugal, era apenas um passatempo; aqui, as pessoas levam a modalidade muito mais a sério, fazem carreira”, explica-nos.
Vanessa tem uma doçura no olhar, um entusiasmo na voz, uma irreverência na luta. É a maior esperança olímpica nacional em breaking, que muitos de nós conhecemos como breakdance, a dança nascida entre os jovens negros das ruas do Bronx, em Nova Iorque, nos anos 70, no meio da cultura hip-hop.