O “Onde está toda a gente?” Naquela tarde, a pergunta do físico Enrico Fermi, disparada aparentemente do nada, provocou gargalhadas entre os comensais. Perceberam de imediato a quem se referia ele, mas pensar em homenzinhos verdes na austera sala de jantar do Fuller Lodge, em Los Alamos, Novo México, parecia-lhes surreal.
Estávamos no verão de 1950. Ao almoço, os temas discutidos raramente fugiam da tecnologia nuclear. A pergunta de Enrico Fermi, retórica, provinha de uma conversa anterior. A caminho do Fuller Lodge, o físico italiano naturalizado americano estivera a debater, com Emil Konopinski, Edward Teller e Herbert York, seus colegas no Laboratório Nacional de Los Alamos, a alegada descoberta recente de vários “discos voadores”.