Sem advogados externos, recorrendo aos serviços jurídicos do Banco de Portugal (BdP), foi com muita cautela e discrição que o Fundo de Resolução (FdR) se colocou em posição para responsabilizar os gestores do Novo Banco envolvidos no negócio da venda dos créditos da Imosteps de Luís Filipe Vieira ao fundo Davidson Kempner. O caso está a ser investigado no processo Cartão Vermelho e é, precisamente, por esta via que o fundo pretende agir, tendo já pedido a sua constituição como assistente.
No requerimento que deu entrada no processo, a entidade que gere os apoios financeiros ao Novo Banco ao abrigo do Mecanismo de Capital Contingente admite que, em face das várias notícias já publicadas, pode ter sido lesada no caso Imosteps, uma empresa do universo de Luís Filipe Vieira, cujos créditos foram considerados como incobráveis pelo NB, devido a uma alegada falta de património por parte do devedor, e vendidos, em 2019, num extenso pacote de malparado que foi designado como “Nata II”.
