Se Adriana Ruiz tivesse adivinhado os problemas de saúde que viria a ter, nos últimos quatro anos, por causa da infiltração no telhado do prédio onde mora na Boavista, no Porto, tudo teria sido diferente. De cada vez que limpava com lixívia pura a humidade negra, concentrada no teto e nas paredes do quarto onde dormia, estava a alimentar o Aspergillus, fungo que se alojou nos seus pulmões.
Até chegar ao diagnóstico de aspergilose, Adriana, gestora comercial de 47 anos, passou por várias fases, incluindo tratamentos agressivos, culminando numa cirurgia que, em fevereiro, lhe removeu seis centímetros de pulmão necrotizado no órgão respiratório direito, e revelou uma nova massa de quatro centímetros no lado esquerdo.