É mais uma derrota para Ivo Rosa. Desta vez, junto do órgão de gestão e disciplina dos juízes portugueses. O Conselho Superior da Magistratura (CSM) decidiu arquivar uma queixa apresentada pelo juiz madeirense, magistrado que chegou ao Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), conhecido por “Ticão”, há cerca de seis anos e que entrou agora na corrida a um lugar na Relação de Lisboa. Ivo Rosa participou do antigo braço-direito do ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que havia classificado de “adjetivação e protagonismo excessivos” a leitura da instrução da Operação Marquês, em abril passado, quando se ficou a saber que José Sócrates não responderia por corrupção. Coube ao vice-presidente do CSM, a quem competirá analisar o currículo de Ivo Rosa para que este chegue a desembargador, chutar para canto as pretensões do “superjuiz” que, além de querer ver um colega penalizado, se desvinculou da única entidade representativa dos magistrados judiciais.
No último mês, ao mesmo tempo que entrou no lote de 80 selecionados, entre os 110 magistrados que concorreram à Relação de Lisboa – até porque está diretamente no top 20, impulsionado pelo critério de antiguidade –, Ivo Rosa decidiu avançar com uma queixa junto do CSM contra o juiz João Paulo Raposo, que foi chefe de gabinete do ex-presidente do STJ, António Joaquim Piçarra.